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Terrorismo

Grupo EI reivindica ataque realizado por refugiado na Alemanha

O grupo Estado Islâmico (EI) anunciou nesta segunda-feira (25) que o autor do atentado suicida na cidade de Ansbach, no sul da Alemanha, é um de seus "soldados". A informação foi divulgada pela agência Amaq, órgão de propaganda da organização extremista.

Polícia alemã trabalha no local onde refugiado sírio realizou um atentado suicida na noite de domingo (24), na cidade de Ansbach.
Polícia alemã trabalha no local onde refugiado sírio realizou um atentado suicida na noite de domingo (24), na cidade de Ansbach. REUTERS/Michaela Rehle
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O autor do atentado "respondeu aos apelos de atacar os países da coalizão que combate o Estado Islâmico" no Iraque e na Síria, afirmou o grupo jihadista. O refugiado sírio, de 27 anos, morreu ao acionar os explosivos que carregava em um restaurante próximo a um festival de música da cidade, na região da Baviera, deixando 15 feridos. O agressor tentou entrar no evento, mas não tinha ingresso.

O ministério do Interior da Baviera informou que o autor do ataque jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico. As autoridades encontraram um vídeo no celular do homem no qual diz que age em nome de Alá e quer se vingar dos alemães que rejeitam o Islã. Além disso, em buscas realizadas na casa do sírio, a polícia encontrou materiais e equipamentos "que poderiam ser utilizados na construção de outras bombas".

Segundo as autoridades, se o homem tivesse entrado no espaço do festival, o número de vítimas seria muito maior. Cerca de 2.500 pessoas participavam do evento no momento do ataque. Entre os 15 feridos, três seguem hospitalizados em estado grave.

Esse foi o terceiro ataque em uma semana. Na última sexta-feira (22), um jovem de origem iraniana matou 9 pessoas em Munique. No dia 18 de julho, um jovem afegão feriu cinco pessoas com um machado em um trem em Wurtzburg, em uma ação que também foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico.

Agressor teve pedido de asilo rejeitado

O refugiado chegou à Alemanha há dois anos, mas há um ano teve seu pedido de asilo negado pelas autoridades. Ele vivia em Ansbuch com um visto de residência provisório. O refugiado também era fichado na polícia por um delito ligado ao tráfico de drogas.

Além da dimensão jihadista, as autoridades acreditam que o estado psicológico do homem pode ter influenciado suas motivações. Segundo as autoridades, o homem tinha tentado se matar duas vezes e foi hospitalizado em uma clínica psiquiátrica.

Governo teme rejeição de refugiados na Alemanha

O governo alemão fez um apelo à população para que a população não se revolte contra os refugiados que o país acolhe. "Não devemos suspeitar dos refugiados de forma generalizada", reiterando que os ataques dos últimos dias são "casos isolados".

A porta-voz adjunta do governo alemão, Ulrike Demmer, reiterou o apelo. Ela afirmou à imprensa que o risco criminal que os refugiados representam no país não é proporcionalmente "maior que o que envolve o resto da população".

Mas o medo é grande para o governo da chanceler Angela Merkel, ao constatar a apreensão de boa parte da população em relação os imigrantes que chegaram em número recorde à Alemanha no ano passado.

A onda de agressões sexuais contra mulheres na noite de Ano Novo em Colônia, atribuída a migrantes, indispôs uma grande parte da opinião pública contra a política de abertura de Merkel aos refugiados.

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