Bote inflável é resgatado no Canal da Mancha com 19 migrantes

Um grupo de migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha da França em direção à Grã-Bretanha foram resgatados na madrugada deste domingo (29), segundo a guarda costeira britânica. A nacionalidade dos náufragos não foi divulgada.

Migrantes fazem fila para receber roupas no campo de refugiados de Calais conhecido como a "selva". REUTERS/Pascal Rossignol/File Photo

Um pedido de socorro foi emitido no sábado, pouco antes da meia-noite, e a embarcação foi localizada no começo da madrugada. As autoridades britânicas acionaram um helicóptero a partir da cidade de Lydd e barcos de resgate dos portos de Dungeness e Folkestone.

A companhia francesa de resgates marítimos (SNSM), baseada em Calais, ajudou na operação. As tentativas de travessia em frágeis botes infláveis são raros, o que confirmam “os temores de que os traficantes de pessoas estão dispostos a iniciativas extremas”, declarou Berard Barron, presidente da SNSM.

Até 700 migrantes podem ter morrido na última semana em naufrágios de embarcações que partiram da costa líbia, estimou neste domingo a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), citando testemunhos de sobreviventes.

"A situação é caótica, não estamos certos do número, mas até 700 migrantes podem ter se afogado em três naufrágios nesta semana", disse à AFP um porta-voz da ACNUR, Federico Fossi.

Cerca de 40 crianças entre 500 desaparecidos na costa líbia

Quinhentos migrantes, entre eles cerca de 40 crianças, foram declarados desaparecidos na quinta-feira (26), após o naufrágio de uma das embarcações. Uma centena de pessoas foram declaradas desaparecidas, na véspera, em outro incidente, e 45 corpos foram recuperados na sexta-feira (27) em outro naufrágio, no qual também pode haver desaparecidos.

"Nunca saberemos o número exato, nunca conheceremos suas identidades, mas os sobreviventes nos disseram que há mais de 500 mortos", disse Carlotta Sami, também porta-voz da ACNUR, no Twitter, após a tragédia de quinta-feira.

(com informações da AFP)