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Terrorismo

Britânico pega 5 anos de prisão por publicar 8 mil tweets apoiando grupo EI

Um britânico de 23 anos foi condenado a cinco anos de prisão nesta quinta-feira (28) por ter publicado cerca de oito mil tweets fazendo apologia ao grupo Estado Islâmico (EI). Entre março e outubro de 2015, o jovem utilizou 42 diferentes perfis na plataforma de microblogging para fazer propaganda aos terroristas.

REUTERS/Ali Hashisho
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Mohammed Moshin Ameen admitiu ao tribunal londrino de Old Bailey ser o autor das oito mil publicações. Entre as diversos tweets elogiosos ao grupo Estado Islâmico, está um vídeo em que os radicais recrutam voluntários britânicos. Das mensagens analisadas pela Justiça britânica, 250 foram consideradas extremistas.

Segundo o jornal The Guardian, Ameen trabalhava como guarda noturno, vivia na casa da família e se radicalizou depois de conhecer extremistas, muitos deles apontados como supostos terroristas. As autoridades britânicas também descobriram que o jovem discutia ideologia islâmica na internet.

Militância chocou a família

O jovem chamou a atenção das autoridades em dezembro de 2013, quando se preparava para viajar à Síria e se juntar aos combatentes do grupo Estado Islâmico. Na residência de sua família em Londres, a polícia encontrou uma passagem de ida para Istambul, na Turquia, e impediu o rapaz de partir. Em junho de 2014, em uma nova busca na casa de Ameen, os policiais encontraram uma mochila pronta para a viagem e o rapaz admitiu sua intenção de ir para a Síria, o que chocou sua família.

Desde então, o jovem parecia ter deixado de lado os planos de se tornar um combatente do grupo Estado Islâmico. Por outro lado, passou sua militância à internet, onde se dedicava a engajar jovens ao terrorismo.

Em um de seus tweets, ele escreveu: "O combatente do grupo Estado Islâmico é aquele que escolhe dirigir um caminhão cheio de explosivos ao invés de um Rolls-Royce". Em outra publicação, ele postou a foto de Mohammed Emwazi, conhecido como o sanguinário decapitador do grupo Estado Islâmico Jihadi John. Além disso, o rapaz publicou vários posts recrutando voluntários a integrar organização radical.

QI abaixo do normal

A defesa de Ameen tentou argumentar que ele tinha o coeficiente de inteligência abaixo do normal e que isso o tornou mais vulnerável à radicalização. "Ele quer deixar esse passado para trás. Ameen está genuinamente arrependido pelo que fez", disse o advogado Tim Moloney.

Os argumentos não convenceram a corte e nem o próprio jovem. Ameen reconheceu ser culpado de preparação ou incentivo de atos terroristas no Twitter, apoio ao grupo Estado Islâmico e de disseminar material terrorista na internet.

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