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Mais da metade dos britânicos quer sair da União Europeia, constata pesquisa

O número de britânicos favoráveis a uma saída de seu país da União Europeia (UE) aumentou após os atentados de Paris e as agressões na cidade alemã de Colônia. A constatação é fruto de uma nova pesquisa publicada neste domingo (17).

Funcionário da Comissão Europeia instala bandeira britânica ao lado da bandeira da União Europeia, em Bruxelas.
Funcionário da Comissão Europeia instala bandeira britânica ao lado da bandeira da União Europeia, em Bruxelas. Reuters
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Com 53%, os partidários do "sim" a uma saída do Reino Unido da UE aparecem com seis pontos percentuais de vantagem sobre os defensores do "não" (47%). A pesquisa foi realizada pelo instituto Survation e encomendada pelo jornal de centro-direita e eurocético Mail on Sunday. A enquete, feita pela internet nos dias 15 e 16 de janeiro, contou com a participação de 1.004 pessoas, e exclui de seus resultados os indecisos. A margem de erro é de 2%.

A pesquisa de opinião anterior, realizada em setembro pelo instituto Survation, refletia um números mais equilibrados entre o "sim" à saída do Reino Unido do bloco (51%) e os que preferem continuar na UE (49%). Neste caso, os indecisos também não foram levados em conta.

Atentados em Paris e agressões em Colônia

A nova pesquisa destaca a influência dos atentados de Paris, que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos em novembro, e os episódios de violência na noite de Ano Novo em Colônia, quando centenas de mulheres foram agredidas sexualmente, para explicar essa mudança de opinião. Um total de 34% dos pesquisados afirma que os ataques jihadistas na capital francesa os incitam a votar por uma saída da UE. Já 38% disseram que se tornaram mais favoráveis a votar a favor do "Brexit" (saída do Reino Unido da UE) após os incidentes na Alemanha, onde, segundo a polícia, os agressores da noite da virada seriam em sua maioria homens originários do Norte da África e do Oriente Médio.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu a organização de um referendo sobre a permanência do Reino Unido no bloco europeu até o fim de 2017. Mas a consulta pode ser realizada a partir de junho de 2016.

Cameron afirmou que fará campanha pela permanência do Reino Unido na UE desde que Bruxelas aceite, em uma cúpula em fevereiro, as reformas propostas por Londres. O premiê fez quatro demandas. Em primeiro lugar, que sejam garantidos os direitos dos países da UE que não usam o euro; segundo, que o Reino Unido fique fora das próximas etapas para uma maior integração europeia; terceiro, a possibilidade de potencializar a competitividade do mercado único, e quarto, permitir que Londres imponha limites às ajudas sociais que dá atualmente aos imigrantes durante seus primeiros quatro anos no Reino Unido. Esse último ponto é o mais polêmico das discussões.

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