Mesmo sem festa, pessoas saem às ruas em Bruxelas

2016 chegou sem grandes comemorações em Bruxelas. Apesar do cancelamento das festividades e fogos de artíficios, suspensos devido a ameaça de ataques terroristas, centenas de pessoas festejaram a chegada do Ano Novo na Grand Place, no centro da capital belga.

A Grand Place, em Bruxelas, na noite de Réveillon REUTERS/Francois Lenoir

Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

O policiamento ostensivo revistou todos que entraram na praça. Nada de mochilas, copos de vidro ou fogos de artifício. A Grand Place, cartão postal da cidade, continua sendo um dos principais alvos das ameaças terroristas.

Três das seis pessoas detidas ontem em Bruxelas foram libertadas depois de depor. O destino dos outros três homens será definido pelo juiz de instrução nesta sexta-feira (1°). Ele decidirá se vai emitir ou não uma ordem de prisão.

As buscas aconteceram em vários bairros da cidade, principalmente em Molenbeek e arredores. A polícia recolheu computadores, celulares, roupas militares e um equipamento de airsoft, um jogo de armas não letais.

Suspeitos

Na quinta-feira (31), um décimo suspeito de envolvimento nos atentados de Paris, o belga Ayoub Bazarouj, de 22 anos, foi detido no bairro de Molenbeek. Segundo fontes policiais, Ayoub seria amigo próximo de Salah Abdeslam, que está foragido desde os ataques de Paris.

Outros suspostos terroristas, Said S. e Mohammed K., presos no início da semana e que estariam planejando ataques no Ano Novo em Bruxelas, continuam sendo interrogados. Ambos pertenceriam a uma gangue de motoqueiros, a “Kamikaze Riders”, que tem vários simpatizantes do grupo Estado Islâmico.

As ameaças terroristas em várias cidades na Europa e a luta contra o terror serão sem dúvida uma das prioridades da Holanda, que assume nesta sexta-feira a presidência rotativa da União Europeia.