Espanha pede que União Europeia condene acusação do premiê grego contra o país
O governo espanhol pediu, neste domingo (1°), aos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia que condenem as declarações do governo grego, que acusou a Espanha e Portugal de terem se unido contra a Grécia. "As declarações do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras são contrárias ao espírito de solidariadade que deve reinar nas relações entre os parceiros do bloco", disse uma fonte próxima ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. Portugal já havia feito o mesmo pedido à Bruxelas no sábado (28).
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Tudo começou quando Tsipras accusou no sábado (28) Espanha e Portugal de terem tentado conduzir o seu país a uma "asfixia financeira" durante as recentes negociações entre o governo grego e a União Europeia, que resultaram em um prolongamento da ajuda europeia à Grécia.
Terreno minado
Em um discurso no comitê central do seu partido, o Syriza, Tsipras falou de "chantagem". "Estávamos sobre terreno minado, as forças conservadoras da Europa tentaram uma armadilha para nos conduzir a uma asfixia financeira", afirmou o premiê, acrescentando que "o plano dessas potências era de levar o governo grego, que recomenda o fim da política de austeridade na Europa, à capitulação".
E continuou: "Essas potências não desejam que o exemplo grego tenha uma influência sobre outros países, sobretudo pensando nas eleições espanholas, previstas para o fim do ano, como em Portugal".
O secretário de Estado espanhol para a União Europeia, Iñigo Mendez de Vigo, reagiu publicamente, afirmando que "a Espanha não é inimiga de ninguém, ao contrário, ela é solidarária com o povo grego". "Nós pedimos ao novo governo grego que seja responsável porque nós consideramos que os problemas da Grécia não serão resolvidos com declarações, mas com reformas", completou.
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