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Espanha/Justiça

Justiça inocenta acusados do naufrágio do Prestige mas condena comandante

A justiça espanhola inocentou nesta quarta-feira três acusados pela maré negra provocada pelo naufrágio do navio Prestige. Os juízes, no entanto, condenadam o comandante grego Apostolos Mangouras a nove meses de prisão por ter se recusado a rebocar a embarcação antes dela afundar.

Fim do julgamento no processo do desastre ambiental com o petroleiro Prestige na Galiza neste 13 de novembro de 2013.
Fim do julgamento no processo do desastre ambiental com o petroleiro Prestige na Galiza neste 13 de novembro de 2013. REUTERS/Miguel Vidal
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O naufrágio do Prestige na costa espanhola do Oceano Atlântico, no dia 19 de novembro de 2002, provocou uma das maiores catástrofes ambientais da história do país. O comandante, o chefe mecânico Nikolaos Argyropoulos e o diretor da marinha mercantil espanhola da época, José Luis Lopez-Sors, foram absolvidos das acusações de “atentado ao meio ambiente e de espaços naturais preservados”, de acordo com o resultado do julgamento lido em La Corunha diante do tribunal superior da Galícia.

A Procuradoria havia pedido entre 5 e 12 anos de prisão para os três acusados. O tribunal estimou que os dois membros da tripulação ignoravam a situação do navio. Em relação à responsabilidade da marinha mercante, o juiz considerou que a decisão de afastar a embarcação da costa foi justificada.

No entanto, o comandante do navio foi condenado a 9 meses de prisão por “desobediência grave de autoridade”, por ter se recusado, em um primeiro momento, a rebocar o navio para às margens como pedido pelas autoridades espanholas.

O comandante vai escapar da pena de prisão devido à sua idade avançada, 78 anos. O primeiro sinal de alerta foi acionado no dia 13 de novembro de 2002, no momento em que o Prestige, um petroleiro liberiano construído em 1976 e carregado com 77 mil toneladas de combustível, foi atingido por uma tempestade na costa da Galícia.

Durante 6 dias, o navio que teve seu casco rompido, ficou à deriva em plena tempestade. As autoridades tomaram a polêmica decisão de afastá-lo da costa ao invés de aproximá-lo de um porto para conter o vazamento do combustível.

O petroleiro finalmente se partiu em dois e afundou às 8 horas da manhã do dia 19 de novembro, a 250 quilômetros da costa e a 4 mil metros de profundidade, despejando 67 mil toneladas de combustível pesado e viscoso que poluiu mais de 1.700 quilômetros do litoral da Espanha, de Portugal e também da França.

 

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