Maquinista de trem acidentado na Espanha depõe e é indiciado
Francisco José Garzón, maquinista do trem que descarrilou na semana passada em Santiago de Compostela, Espanha, matando 79 pessoas, compareceu neste domingo diante do tribunal encarregado de investigar o caso. Depois de uma audiência de duas horas, ele foi libertado, após passar 72 horas em detenção preventiva.
Publicado em: Modificado em:
A imprensa espanhola, citando fontes judiciárias e policiais, diz que Garzón deverá responder a várias acusações penais. A tese de velocidade excessiva em uma curva perigosa é a mais corrente, mas os investigadores querem ter a certeza de que se trata de um erro humano ou de um problema técnico ligado ao trem, à via ou ao sistema de segurança.
O trem acidentado, um Alvia, um dos três tipos de trem de alta velocidade em uso na Espanha, passou por um extenso controle de manutenção na quarta-feira de manhã, algumas horas antes da tragédia, afirmou Julio Gómez-Pomar, chefe da Renfe (ferrovias espanholas) ao jornal ABC.
Garzón chegou ao tribunal em um carro policial com as mãos algemadas, cabeça baixa e óculos escuros no começo da noite. Antes do depoimento, os advogados examinaram os relatórios policiais a respeito do acidente com o trem de alta velocidade. Em seguida, o juiz Luis Alaes, titular que investiga o caso, passou a interrogar o detento.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro