Oposição portuguesa anuncia fracasso de acordo político
O chefe da oposição socialista em Portugal, Antônio José Seguro, declarou na noite desta sexta-feira o fracasso das negociações em busca de um acordo para tirar o país da crise política.
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O desafio de encontrar uma solução para garantir a aplicação das medidas necessárias para a execução do plano de ajuda financeira da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional fica agora nas mãos do presidente português conservador, Anibal Cavaco Silva. O pacote avaliado em 78 bilhões de euros deve ser concluído em junho de 2014.
Os socialdemocratas do PSD, o Centro Democrático e Social e o Partido Popular (PP) que formavam a coalizão de direita tornaram impossível um “compromisso nacional”, tendo rejeitado a maior parte das propostas socialistas, revelou. Seguro afirmou à imprensa, que há duas visões distintas da crise e que não adianta continuar a “negociar por negociar”. Ele defende a “necessidade de dar outra direção a Portugal, já que os portugueses não suportam mais sacrifícios”.
Os socialistas querem negociar as condições da injeção de recursos para garantir que as medidas de austeridade sejam atenuadas. O principal ponto de divergência com a direita é o corte de 4,7 bilhões de euros do orçamento português até o final do ano.
Cavaco Silva havia proposto a convocação de eleições legislativas antecipadas, já que os portugueses deveriam ir às urnas somente em 2015. A crise política explodiu no país no início do mês, após a demissão de dois ministros com papel central no governo.
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