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Grécia/Legislativas

Extrema-esquerda grega promete negociar com UE se for eleita

A quatro dias das eleições lesgislativas na Grécia, o líder da esquerda radical Alexis Tsipras, do partido Syriza, faz hoje seu último comício em Atenas. Se seu partido sair vencedor do pleito, Tsipras promete negociar duramente com os credores gregos.

Grécia realiza eleições legislativas no domingo 17 de junho.
Grécia realiza eleições legislativas no domingo 17 de junho. REUTERS/Francois Lenoir
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Na reta final da campanha, o líder do Syriza, Alexis Tsipras, tentou dissipar os temores de impasse político na Grécia e disse que teria condições de formar um governo com a esquerda moderada. Sobre as relações com os parceiros europeus, ele declarou hoje é preciso reconhecer “que a política de austeridade fracassou”. Ele prometeu que, caso seja o vencedor das eleições, sua primeira missão será a de fazer uma negociação “dura e verdadeira” com a Comissão Europeia. Ele também disse que não pretende abandonar o euro, embora não consiga esclarecer como conseguirá conciliar a sua rejeição do plano de austeridade com a permanência na zona da moeda única europeia.

As últimas pesquisas de opinião mostram um empate técnico entre o partido conservador Nova Democracia, que defende o plano austeridade, e o partido de extrema-esquerda Syriza, que é contra os pacotes que impõem medidas de rigor. Ambos acumulam em torno de 27% das intenções de voto. Se confirmado, esse resultado deve deixar a Grécia mais uma vez em pleno caos político, já que nenhum partido seria capaz de alcançar sozinho a maioria para formar o governo, o que adiaria mais uma vez o cumprimento do acordo acertado com a Comissão Europeia e o FMI.

Esse suspense alimenta a turbulência nos mercados e crescem os rumores de que o país vá abandonar o euro. Às vésperas da eleição, os saques das contas bancárias gregas se aceleram e já chegam a quase 800 milhões de euros por dia.

As finanças do Estado grego também mostram um país à beira da falência. O governo só tem dinheiro para pagar as aposentadorias e os funcionários públicos até o próximo dia 20 de julho. No ano passado, Atenas recebeu um empréstimo internacional de 11 bilhões de euros. Até 2015, o país deveria receber gradualmente mais 130 bilhões, mas os recursos só serão liberados mediante o cumprimento do acordo com os credores internacionais.

 

 

 

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