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Sérvia/eleições

Sérvios causam surpresa e elegem presidente nacionalista

Contrariando todas as expectativas, o conservador nacionalista Tomislav Nikolic venceu as eleições presidenciais na Sérvia neste domingo, gerando um cenário de incertezas sobre o futuro do país. Para analistas, o resultado pode comprometer a maioria governamental pró-europeia e desencadear uma grave crise política.

Tomislav Nikolic fotografo em Belgrado em maio de 2010.
Tomislav Nikolic fotografo em Belgrado em maio de 2010. REUTERS/Marko Djurica
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As pesquisas davam como certa a reeleição do presidente Boris Tadic, do Partido Democrático, mas a baixa taxa de participação dos sérvios na eleição favoreceu o populista Tomislav Nikolic, já que o eleitorado nacionalista é considerado mais fiel às urnas.

Durante os anos 90, marcados por sangrentos conflitos na ex-Iugoslávia e pelo isolamento político da Sérvia, Nikolic e seu Partido Sérvio do Progresso se aliaram ao ex-líder Slobodan Milosevic. A estabilidade política do país estará nas mãos do novo governo. 

Na Sérvia o presidente tem um papel cerimonial e o primeiro-ministro é quem tem as rédeas do país. A questão é saber quem o novo presidente vai encarregar de formar o novo governo. Seu partido só tem 73 das 250 cadeiras do parlamento e vai precisar de apoio dos socialistas.

Segundo a Constituição sérvia, a nomeação do primeiro-ministro obedece o princípio de formação de uma maioria parlamentar, o que coloca os socialistas em posição de força já que contam com 45 cadeiras. Mas logo após o anúncio dos resultados, o líder socialista Ivica Dacic confirmou que mantém o acordo firmado com o Partido Democrático.

“Não há motivo algum para renunciar ao acordo. Uma coabitação não seria ruim para o processo democrático na Sérvia”, afirmou o número 2 do partido, Dusan Bajatovic.

Os socialistas não descartam uma coabitação entre uma presidência nacionalista com um governo formado por partidos de oposição, mas muitos analistas não acreditam nessa hipótese e prevêm uma grave crise política.

Certo por enquanto é que além da aproximação com a União Europeia, o novo presidente e o governo sérvios deverão adotar rapidamente reformas dolorosas para combater a crise econômica e diminuir a taxa de desemprego que atinge 24,5% da população, uma das mais altas do ontinente.

 

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