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Bélgica/Massacre

Atirador mata 3 pessoas e deixa mais de 120 feridos no centro de Liège

Pelo menos quatro pessoas morreram, entre elas o atirador, e mais de 120 ficaram feridas nessa terça-feira em Liège, no sudeste da Bélgica, num massacre provocado por um homem conhecido da polícia local. O agressor atirou contra pedestres e lançou três granadas na principal praça do centro da cidade, onde ficam lojas, o Palácio de Justiça e a feira de Natal. O agressor morreu ao manipular uma granada, segundo o prefeito de Liège.

Equipes de resgate evacuam feridos após tiroteio em Liège, na Bélgica, nesta terça-feira.
Equipes de resgate evacuam feridos após tiroteio em Liège, na Bélgica, nesta terça-feira. REUTERS/Thierry Dricot
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De acordo com as informações mais recentes, entre os mortos estão o atirador, dois adolescentes, um de 15 e outro de 17 anos, e uma mulher de 75 anos. Segundo fontes judiciais, o atirador foi identificado como sendo Nordine Amrani, um homem de 33 anos com antecedentes judiciais.

Em setembro de 2008, Amrani foi condenado a 4 anos e 10 meses de prisão por posse de maconha e porte ilegal de armas. Segundo a procuradora de justiça de Liège, ele não tinha nenhum antecedente de ligação com o terrorismo, mas tinha sido convocado para comparecer no Palácio de Justiça, na manhã de hoje, como testemunha de um processo judicial.

O tiroteio aconteceu na praça Saint-Lambert, onde fica o Palácio de Justiça, mas o prédio estava fechado ao público nessa terça-feira. Vários pedestres que estavam num ponto de ônibus movimentado da praça foram feridos. A companhia de transporte público TEC informou que nenhum de seus veículos foi atingido

Nos minutos seguintes ao tiroteio, ocorrido por volta das 14h30 locais (11h30 no horário de Brasília), a mídia belga chegou a afirmar que o ataque havia sido provocado por dois a quatro indivíduos armados que tentavam fugir do Palácio de Justiça. Logo as autoridades descartaram a hipótese de atentado terrorista e esclareceram que o massacre tinha sido provocado por um homem conhecido da polícia.

O prefeito de Liège, Willy Demeyer, disse que o agressor agiu sozinho. "Ele tinha granadas e uma metralhadora kalachnikov", relatou o prefeito, acrescentando que Amrani saiu atirando contra os pedestres antes de se ferir mortalmente com uma granada. A procuradora afirmou que ele se suicidou.

Após o tiroteio, a polícia fechou as ruas de acesso ao centro da cidade. Equipes de resgate locais a até vindas da vizinha Holanda chegaram a instalar, num museu próximo, um pequeno hospital para dar atendimento de urgência aos feridos. O centro de Liège, cidade a 90 km de Bruxelas, viveu cenas de pânico, com pedestres fugindo desnorteados pelo ruído dos disparos e as explosões.

O novo primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, e sua ministra do Interior viajaram da capital para Liège, a fim de acompanhar as investigações. O rei Albert II também era esperado na cidade.

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