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Itália/Crise

Silvio Berlusconi nega rumores sobre renúncia

Os rumores desta segunda-feira de que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, renunciaria dentro de algumas horas fez o mercado financeiro europeu voltar a subir. A tendência se inverteu quando o líder italiano negou que deixaria o poder.

Silvio Berlusconi, premiê italiano, desmente rumores de sua demissão.
Silvio Berlusconi, premiê italiano, desmente rumores de sua demissão. REUTERS/Max Rossi/Files
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Assim que os rumores se espalharam na imprensa e na internet, Berlusconi tratou de postar em sua página no Facebook a seguinte frase: "Os rumores de minha renúncia são infundados". Horas antes, o diretor do jornal Il Foglio, Giuliano Ferrara, considerado um conselheiro próximo do primeiro-ministro, havia escrito em seu site: "Que Silvio Berlusconi está perto de renunciar está agora claro para todos, é uma questão de horas, alguns dizem de minutos".

A polêmica tem fundamento, já que o chefe de governo luta por sua sobrevivência política em meio a uma crise de credibilidade. A situação financeira do país preocupa os vizinhos europeus e o país está sob vigilância do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"O governo de Silvio Berlusconi vai continuar a dirigir a Itália se conservar a sua maioria no Parlamento, senão haverá eleições legislativas antecipadas", declarou nesta segunda-feira Gianfranco Torondi, ministro de Atuação do Programa de governo.

Segundo a oposição, Berlusconi não tem mais apoio da maioria dos parlamentares e não é capaz de tirar o país da crise econômica. Na semana passada, dois deputados do seu partido, o PDL, desertaram para o centrista UDC, o que significa que a bancada pró-Berlusconi passou a ter 315 parlamentares, um a menos do que a maioria absoluta. Além disso, cerca de 20 deputados de centro-direita insatisfeitos ameaçam abandonar o premiê antes da votação sobre um projeto de financiamento do Estado, que será realizada nesta terça-feira. Berlusconi e seus assessores passaram o fim de semana tentando reconquistar o apoio suficiente para evitar uma derrota humilhante.

No sábado, milhares de italianos participaram de uma manifestação em Roma convocada pelo Partido Democrata (PD) para pedir a renúncia do premiê.

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