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Itália/Crise

Berlusconi convoca conselho de ministros para discutir crise

Em resposta às pressões de dirigentes da União Europeia, que temem um contágio da crise das dívidas do bloco à Itália, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, convocou para esta segunda-feira uma reunião extraordinária com o seu conselho de ministros. Entre as medidas discutidas está o aumento da idade mínima de aposentadoria.

O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi é entrevistado ao final de conferência na Bélgica.
O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi é entrevistado ao final de conferência na Bélgica. REUTERS/Sebastien Pirlet
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A Comissão Europeia manteve Berlusconi sob pressão nesta segunda-feira, para que ele cumpra suas promessas feitas neste domingo de lançar reformas estruturais e de reduzir a dívida pública do país. O premiê decidiu convocar uma reunião com seus ministros às 18 horas (horário de Roma) e já se prepara para enfrentar as divergências no seio de sua frágil maioria no governo.

"Os parceiros da Itália precisam de mais clareza sobre todas as medidas propostas. A única forma de convencê-los é tornando-as concretas com um calendário para as reformas", disse o porta-voz da Comissão Europeia para Assuntos Econômicos, Amadeu Altafaj.

Em um comunicado desta segunda-feira, Berlusconi informa que vai estudar medidas que serão apresentadas no próximo encontro de líderes europeus, na quarta-feira. Sem dar muitos detalhes, o premiê já adiantou que, entre elas, será avaliada a reforma do sistema de aposentadorias e o aumento da idade mínima para se aposentar, que atualmente é de 67 anos.

"A reforma da aposentadoria é apenas um exemplo, há também a reforma do mercado de trabalho. O que está em jogo não é a austeridade, mas a valorização do potencial de crescimento da Itália, através da criação de emprego para os jovens", destacou Amadeu Altafaj.

O presidente da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy, reforçou neste domingo o pedido a Berlusconi para realizar mais esforços na luta contra o déficit e o endividamento. Angela Merkel e Nicolas Sarkozy também se reuniram com o primeiro-ministro italiano para pedir que ele acelere as reformas econômicas para evitar o agravamento da crise.

Grécia e zona do euro

Os próximos três dias serão de negociações intensas para definir as medidas para afastar a ameaça de um contágio da crise à toda a zona do euro e o plano de ajuda à Grécia. Na próxima quarta-feira, os líderes europeus se reúnem em uma nova cúpula, onde são esperadas decisões definitivas para salvar a moeda única europeia e tranquilizar os mercados.

As discussões do último final de semana em Bruxelas trouxeram avanços como a decisão de que pela menos metade das dívidas gregas será assumida pelas instituições financeiras e investidores. Os líderes europeus, líderados pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram que é preciso recapitalizar os bancos em mais de 100 bilhões de euros e também reforçar o caixa do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, criado para socorrer países em dificuldade, mas o valor ainda deverá ser definido.

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