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Grécia/Crise

Greve contra novas medidas de austeridade paralisa Atenas

Atenas vive um dia de caos devido a uma greve geral nos transportes em protesto contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo governo nesta quarta-feira. O movimento, que também teve adesão de professores e funcionários municipais, marca o início de uma nova onda de protestos no país. As novas medidas para conter a dívida pública desagradram a população grega, mas foram aprovadas pelos vizinhos europeus. 

Uma greve geral dos transportes paralisou Atenas nesta quinta-feira, em protesto contra novs medidas de austeridade anunciadas pelo governo socialista.
Uma greve geral dos transportes paralisou Atenas nesta quinta-feira, em protesto contra novs medidas de austeridade anunciadas pelo governo socialista. REUTERS/Yiorgos Karahalis
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O tráfego nas ruas da capital grega ficou bastante perturbado com a adesão ao movimento dos taxistas que se opõem a medidas para liberar o setor. Além da paralisação total dos transportes em Atenas, os controladores aéreos gregos pararam de trabalhar por quatro horas, causando o atraso e a anulação de vários voos.

E este é apenas o início de mais uma onda de protestos. O setor público vai parar novamente no dia 5 de outubro e uma greve geral de 24 horas já foi convocada para o dia 19 de outubro.

Essas manifestações refletem o descontentamento da população grega com as novas medidas de austeridade anunciadas nesta quarta-feira.

Os aposentados que ganham mais de € 1200  - cerca de R$ 3 mil  - por mês vão ter sua pensão reduzida. Para aumentar a arrecadação, o limite de isenção de imposto de renda foi diminuído. Agora, quem ganha mais de € 5 mil, ou seja, R$ 12.600,  por ano também vai ter que pagar imposto. Além disso, até o final do ano 30 mil funcionários públicos serão colocados em desemprego técnico, situação em que o funcionário para de trabalhar mas mantém o vínculo empregatício e uma parte do salário.

O objetivo do governo grego é convencer o Fundo Monetário Internacional, a União Europeia e o Banco Central Europeu a pagar mais uma parcela de € 8 bilhões do empréstimo concedido ao país em maio de 2010. Sem esse valor, a Grécia corre o risco de não conseguir honrar seus compromissos já em outubro.

Após dois anos de recessão, não é só a população que critica a maneira como o governo socialista tem reagido à crise da dívida pública. Empresários e deputados do próprio partido governista duvidam da eficácia dessas reformas.

Em compensação, as novas medidas anunciadas ontem agradaram aos vizinhos europeus. Horst Reichenbach, chefe da delegação da União Europeia encarregada de ajudar Atenas a estabelecer seu plano de contenção das despesas públicas, afirmou nesta quinta-feira que a Grécia mostrou que está decidida a realizar reformas para solucionar a crise.

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