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UE/ crise

UE descarta que Itália e Espanha precisem de plano de ajuda econômica

A Itália e a Espanha se mobilizam, nesta terça-feira, para afastar os temores dos mercados sobre a fragilidade de suas economias. Os governos dos dois países realizam reuniões imprevistas para tratar da crise. Ao mesmo tempo, a União Europeia descartou que os italianos e espanhois estejam prestes a solicitar um plano de salvamento, como aconteceu com a Grécia, a Irlanda e Portugal.

O ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, convocou reunião de emergência nesta terça-feira.
O ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, convocou reunião de emergência nesta terça-feira. Reuters
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Consequência da instabilidade nestas duas economias e da desconfiança dos investidores, as taxas das obrigações de dez anos da Itália e da Espanha atingiram recordes hoje: as italianas chegaram a 6,% e as espanholas, 6,27%, o que representa um aumento considerável dos custos dos empréstimos nos países.

O ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, convocou uma reunião do Comitê para o Salvamento da Estabilidade Financeira, em Roma. Nesta quarta, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi vai tratar pela primeira vez sobre a crise no Parlamento. Ele poderá anunciar novas medidas para alavancar a retomada econômica no país, depois de o ministério já ter aprovado um rigoroso plano de austeridade, há duas semanas.

Também na quarta, Tremonti vai se encontrar com o ministro das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, em Luxemburgo. Nenhum dos dois divulgou detalhes sobre o que será tratado no encontro, mas no final da manhã de terça, a Comissão Europeia havia esclarecido que nenhum plano de salvamento para as economias italiana a espanhola “estava em jogo”, assim como para Chipre.

Na Espanha, o premiê José Luis Rodriguez Zapatero decidiu atrasar o início de suas férias para acompanhar a situação. As bolsas de Milão fecharam em baixa de 2,53% e a de Madri, de 2,18%. Os pregões de Paris, Frankfurt e Londres também encerraram no negativo, a alemã terminando com a menor baixa, de -2,26%.

Segundo analistas, os investidores não parecem convencidos do sucesso do segundo plano de ajuda à Grécia, aprovado em 21 de julho. Além disso, há dúvidas sobre como será a participação dos credores privados no plano, na ordem de 50 bilhões de euros, e se o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira vai conseguir obter os montantes necessários para acudir as economias em crise, sobretudo as grandes, como a italiana e a espanhola.

Os rumores de que a Espanha e a Itália seriam poupadas de contribuir com o plano para a Grécia acentuaram as tensões, mesmo se Bruxelas desmentiu essa informação.

 

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