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Europa/crise

Degradação da nota americana afeta euro, diz presidente do Eurogrupo

 A degradação da nota soberana dos Estados Unidos teria uma repercussão direta na economia mundial e no continente europeu, segundo o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker.  

Olli Rehn, Giulio Tremonti, Didier Reynders e Jean-Claude Juncker em Bruxelas.
Olli Rehn, Giulio Tremonti, Didier Reynders e Jean-Claude Juncker em Bruxelas. REUTERS/Thierry Roge
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Em entrevista ao jornal francês Le Figaro, o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, declarou que o risco dos Estados Unidos terem a nota da dívida rebaixada pelas agências de notação é inédita, e teria um impacto imediato no mercado financeiro e na economia europeia. Os Estados Unidos possuem atualmente a nota AAA das agências Standard & Poor's, Moody's e Fitch. Na prática, isso significa que o país pode continuar a realizar empréstimos a juros mais baixos no mercado para o refinanciamento de sua dívida. A situação, entretanto, pode mudar, já que os americanos dependem da adoção de um plano nesta segunda-feira para elevar o teto da dívida e evitar a moratória.

Dez dias depois do encontro que reuniu os países integrantes da zona do euro, o presidente do Eurogrupo reafirmou nesta segunda-feira que tudo será feito para garantir a estabilidade da região, mas também lançou um alerta aos dirigentes europeus: não haverá medidas automáticas para salvar os estados endividados e nem um “cheque em branco” depois da adoção do plano de ajuda à Grécia, deixando entender que os estados precisam controlar seus déficits. Ainda de acordo com ele, a situação econômica grega ameaçava o bloco e uma solução urgente era necessária, mas as decisões “poderiam ter sido tomadas mais cedo.”

Juncker também declarou ser favorável à criação de um Conselho do Euro, sugerido pela França. A proposta será discutida, segundo ele, a partir de outubro, entre o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. Para ele, Vam Rompuy, é, aliás, o "candidato lógico e natural" para dirigir o futuro Conselho. Ele também declarou que, no futuro, "a Europa mostrará que seu mercado era um bom investimento."
 

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