Acessar o conteúdo principal
Grã-Bretanha/ Líbia

Reino Unido expulsa diplomatas líbios e cede embaixada a rebeldes

O Reino Unido expulsou todos os diplomatas líbios em território britânico e ofereceu as instalações da embaixada da Líbia no país ao Conselho Nacional de Transição (CNT), o governo insurgente provisório. Londres reconheceu o CNT como o único governo legítimo do país, em guerra civil desde março.

O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, vai tratar os insurgentes líbios "como qualquer outro governo do mundo".
O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, vai tratar os insurgentes líbios "como qualquer outro governo do mundo". REUTERS/Kerim Okten
Publicidade

“O primeiro-ministro e eu mesmo decidimos que o Reino Unido tratará o CNT como a única autoridade governamental na Líbia”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, explicando que seu país vai tratar o poder rebelde “como qualquer outro governo do mundo”.

“Convidamos o Conselho Nacional de Transição a nomear um novo representante diplomático para tomar posse da embaixada líbia em Londres”, prosseguiu o chanceler. A embaixada foi liberada pelos diplomatas apoiadores do ditador Muammar Kadafi nesta manhã. Eles foram advertidos que “eram objeto de uma medida de expulsão”. O embaixador líbio em Londres, Omar Jelban, já havia sido incitado a deixar o país em maio.

Hague ainda parabenizou o governo rebelde pelos sinais de querer implantar na Líbia um governo mais aberto e democrático que o atual. O Reino Unido participa desde o início das operações militares realizadas no país para facilitar a derrubada de Kadafi do poder, executadas pela Otan. No final de março, os britânicos fecharam sua embaixada em Trípoli e enviaram representantes diplomáticos a Benghazi, onde se instalou o governo rebelde.

Sem sinais de acordo

Nesta manhã, o enviado especial da ONU na Líbia, Adbel-Elah Al-Khatib, afirmou que não vê qualquer sinal de progresso nas negociações entre os insurgentes e Kadafi. Ele encontrou-se com os dois lados na segunda e na terça-feiras. “Me parece claramente que os dois campos continuam longe de um acordo sobre uma solução política”, comentou.

A França a o Reino Unido têm dado sinais de que concordam que o ditador permaneça na Líbia, desde que deixe o poder. Entretanto, o primeiro-ministro líbio, Baghdadi Al-Mahmoudi, disse a Al-Khatib que a partida de Kadafi “está fora de questão”. Ontem, os rebeldes anunciaram a criação de um partido, o Nova Líbia, pela primeira vez desde que Kadafi está no poder, há 42 anos.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.