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Grécia/crise

Grécia rejeita suspensão parcial do pagamento da dívida

O ministro grego das finanças, Evangelos Venizelos desmentiu que o país adotará a sugestão feita pelo ministro holandês, Jan Kees, em Bruxelas, para salvar a Grécia da falência. Ele também disse que a próxima parcela do plano de ajuda à economia grega deve estar disponível até o dia 15 de setembro.

O ministro grego das finanças, Evangelos Venizelos, ao lado da diretor do Banco Central Europeu, Jean-Claude-Juncker
O ministro grego das finanças, Evangelos Venizelos, ao lado da diretor do Banco Central Europeu, Jean-Claude-Juncker Reuters/François Lenoir
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"Queremos uma cobertura total dos empréstimos necessários e a estabilidade do sistema financeiro grego, que faz parte do sistema financeiro europeu. Essa cobertura deve ser assegurada pelo Banco Central Europeu, a zona euro e os estados membros, ou outros organismos ou fundos de apoio. Não existe outra possibilidade", declarou à imprensa o ministro grego das finanças, Evangelos Venizelos, nesta terça-feira.

A próxima parcela do plano de ajuda à economia grega deve ser disponibilizada até o dia 15 de setembro, segundo o ministro grego, salientando que o país está decidido a dar continuidade à aplicação do pacote de austeridade. Venizelos também declarou que a tensão nos mercados, associada às discussões complexas sobre um novo plano de ajuda, "mostraram que a Grécia serve de pretexto para um ataque contra o euro. A Grécia é um laboratório onde está sendo testada a resistência da moeda, a proteção da Grécia é a proteção do bloco. Isso todo mundo já entendeu."

Nesta segunda e terça-feira, os membros da zona euro discutiram em Bruxelas os moldes de um segundo plano de ajuda à Grécia, sem chegar a um acordo. As bolsas de valores europeias, que registraram forte queda nesta segunda-feira, tiveram uma forte recuperação depois do anúncio de uma provável reunião de cúpula de emergência entre os dirigentes do bloco, prevista para sexta-feira. O governo alemão desmentiu que uma novo encontro aconteceria ainda nesta semana, mas o boato, estrategicamente plantado, foi suficiente para acalmar os mercados.

A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, pediu nesta terça-feira, em um comunicado, que as medidas propostas pelos países membros da zona euro durante a reunião nesta segunda-feira em Bruxelas, sejam colocadas em prática rapidamente. Na declaração final do encontro, os ministros prometeram reforçar a capacidade do Fundo de Estabilização Financeira, com capacidade máxima, atualmente, de liberar empréstimos de 440 bilhões de euros.

Os países também sugeriram que as nações que recorram ao recurso tenham mais tempo para reembolsar os empréstimos e possam beneficiar de uma baixa da taxas de juros. O FMI ainda não se pronunciou sobre sua participação em um futuro plano de ajuda, mas Lagarde declarou que o Fundo "continuará a colaborar com a Grécia e seus parceiros europeus em seus objetivos." A Grécia acumula uma dívida pública de de 350 bilhões de euros, e um déficit de 12,9%.
 

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