Choque entre policiais e manifestantes deixa dezenas de feridos na Grécia
A greve geral de 48 horas iniciada nesta terça-feira na Grécia já registra os primeiros incidentes de violência. Policiais entraram em confronto com um grupo de jovens manifestantes que tentava se aproximar do parlamento, onde os deputados votam o novo plano de austeridade destinado a evitar a falência da Grécia. Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas, sendo 21 policiais.
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A Grécia enfrentou nesta terça-feira mais um dia de protestos contra as medidas de austeridade do governo em tramitação no parlamento. A quarta greve geral no país desde o início do ano afetou os transportes entre a capital e as ilhas gregas, o aeroporto internacional de Atenas, hospitais e serviços da administração pública. Os bancos não abriram. Como nas paralisações anteriores, as autoridades mobilizaram 4 mil policiais e soldados nas ruas da capital e bloquearam o acesso ao parlamento, na praça Syntagma.
No início da tarde, policiais entraram em confronto com um grupo de jovens que tentou se aproximar da praça. Os manifestantes lançaram objetos e até cadeiras contra a tropa de choque, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas, segundo as autoridades, a maioria policiais. Três pessoas foram detidas. Um ônibus foi incendiado nas proximidades da praça.
Milhares de gregos fizeram uma passeata no centro de Atenas na esperança de convencer o parlamento a rejeitar as novas medidas de austeridade, que vão implicar redução dos salários do funcionalismo, cortes nas aposentadorias, aumento de impostos e um amplo programa de privatizações.
A União Europeia e o FMI exigem a aprovação das medidas de combate ao déficit público para continuar ajudando financeiramente a Grécia.
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