FMI et UE enviam nova missão a Atenas para discutir crise econônica
Os peritos da “troika” (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) desembarcam em Atenas nesta terça-feira, onde se encontram com as autoridades locais. Os enviados querem analisar o texto sobre o plano de saída de crise que os gregos pretendem apresentar ao Parlamento no final do mês.
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Segundo o comissário europeu encarregado das Relações Econômicas, Olli Rehn, o objetivo da missão é “verificar que nós temos a mesma compreensão do texto que será apresentado ao Parlamento”. Mas ele parece otimista e está seguro de que “a Grécia será capaz de tomar as decisões necessárias, pois as outras soluções são piores”, analisou, em uma alusão clara ao não pagamento das dívidas por parte de Atenas. Para ele, isso provocaria graves turbulências que afetariam não apenas os gregos mas também outros países do bloco.
Mesmo tom do lado do Fundo Monetário Internacional (FMI), que alerta em um relatório para as consequências da postura grega diante da crise econômica. “Fracassar na escolha de medidas contra a crise e a dívida poderia ampliar as tensões até o coração da zona euro e provocar importantes repercussões mundiais”, preveniu o FMI.
Após dois dias de debates em Luxemburgo para discutir a crise, o ministros das Finanças da zona euro deram à Grécia um prazo de duas semanas para que o país aprove medidas de austeridade rígidas. Essa é a condição imposta para que Atenas possa beneficiar dos 12 bilhões de euros em empréstimos emergenciais vindos da União Europeia e do FMI, numa tentativa de tirar o país da falência. O novo pacote de cortes deve ser aprovado até o dia 3 de julho.
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