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Ataques/ Líbia

Coalizão se divide sobre atacar ou não Kadafi

A comunidade internacional tem feito discursos contraditórios em relação aos objetivos da coalizão que executa a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU na Líbia. Enquanto os Estados-Unidos e a França afirmam que a operação não tem o ditador Muammar Kadafi como alvo, na Grã-Bretanha, os dirigentes não conseguiram convencer que o líder não será visado nos ataques.

O presidente da Líbia, Muammar Kadafi, poderia ser alvo das operações militares.
O presidente da Líbia, Muammar Kadafi, poderia ser alvo das operações militares. Reuters
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O porta-voz do governo francês, François Baroin, e o ministro americano da defesa, Robert Gates, afirmaram que o intuito da operação da coalizão é proteger a população líbia e evitar um massacre e, portanto, Muammar Kadafi não seria uma meta.

Porém no Reino Unido as opiniões têm sido contraditórias: o ministro da defesa britânico, Liam Fox, declarou ontem que existiria a possibilidade de Kadafi se tornar alvo da incursão militar, mas que entre diversos outros critérios, seria levado em consideração o número de vítimas civis que tal atitude poderia provocar.
Mais tarde foi a vez de Willian Hague, ministro de Relações Rxteriores, também dar a entender que o coronel líbio poderia ser visado, mas que "tudo dependeria das circunstâncias do momento e do comportamento das pessoas".

Depois das declarações polêmicas dos ministros britânicos, o general David Richards, chefe das forças armadas do Reino Unido, descartou totalmente a possibilidade de atacar Muamar Kadafi. Quando questionado pela BBC, o general disse que a resolução da ONU não autorizava essa atitude.

Já o primeiro ministro David Cameron se contentou em afirmar, através de seu porta-voz, que a Grã-Bretanha quer que Kadafi deixe o poder, sem entrar em detalhes.

O major André Luiz Wolozyn, especialista em Assuntos Estratégicos pelo Colégio Interamericano de Defesa, diz que a resolução 1973 da ONU é controversa e que um possível ataque à Kadafi poderia acontecer. Ele compara a situação com a guerra no Iraque.
"Ainda é muito cedo para avaliar as consequências, mas Kadafi pode se tornar sem dúvida o objetivo da coalizão, dependendo de suas atitudes".

Ouça parte da entrevista com o especialista, realizada pela colaboradora Bruna Sá.

02:43

Major André Luiz Wolozyn, especialista de assuntos estratégicos

 

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