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União Europeia/Egito

União Europeia mantém pressão sobre Mubarak

Líderes europeus advertiram o Egito contra mais violência e pressionaram o governo do Cairo para que inicie imediatamente o processo de transição política. Reunidos para discutir segurança energética e prevenção de crises econômicas, vários dirigentes do bloco criticaram a permanência do presidente Hosni Mubarak no poder.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton Reuters
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Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

Em Bruxelas, a chanceler alemã Angela Merkel pediu "demonstrações pacíficas neste dia decisivo", e o primeiro-ministro britânico David Cameron, afirmou que “o governo egípcio pode perder o resto de sua credibilidade no Ocidente, se continuar a promover violência nas ruas do Cairo.” Ao chegar na reunião, a chefe da diplomacia européia, Catherine Ashton, convidou as autoridades egípcias a iniciarem um diálogo pacífico com os partidos de oposição. O único chede de governo da Uniao Europeia que continua apoiando Mubarak é Silvio Berlusconi, que chegou a qualificar o presidente egípcio de "político sábio."

A União Européia tem sido alvo de críticas pela morosidade em relação ao posicionamento sobre a onda de revoltas no mundo árabe. Outra crítica é o fato do bloco tolerar regimes autoritários, em nome da luta contra o terrorismo. Nesta sexta-feira, no final do encontro, os governos europeus devem condenar a violência contra os manifestantes no Cairo, e exigir um processo de transição imediato no Egito, que dê lugar a eleições livres e justas.

Apesar da crise no Egito, a agenda original do encontro não foi deixada de lado. A estratégia energética da UE para 2020 que pretende reduzir a dependência do petróleo do Oriente Médio e do gás russo foi discutida pelos líderes. Segundo os planos, a UE pretende investir 1 trilhão de euros nas infraestruturas energéticas do bloco, nos próximos dez anos, para alcançar uma economia eficiente, competitiva e de baixa emissão de carbono.

Outro destaque na mesa de negociações é a questão do reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, criado em maio do ano passado em plena crise econômica da Grécia. Em Bruxelas, os líderes estão discutindo formas de aumentar a capacidade de financiamento deste fundo. A proposta comum para socorrer os países endividados do bloco não deve ser ainda aprovada nesta sexta-feira. França e Alemanha estão propondo que a questão continue a ser discutida durante uma reunião extraordinária dos países da zona do euro, no dia 4 de março.
 

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