Acessar o conteúdo principal
Crise

Incidentes em Atenas marcam dia de mobilização na Europa

Incidentes violentos na Grécia marcaram o dia de mobilização sindical na Europa. Confrontos entre a polícia e manifestantes resultaram em seis veículos incendiados e um deputado agredido. A Grécia vive um dia de paralização geral contra o plano de austeridade do governo e as reformas do mercado de trabalho e das empresas públicas.

Manifestações em Atenas contra as medidas de austeridade do governo.
Manifestações em Atenas contra as medidas de austeridade do governo. REUTERS/John Kolesidis
Publicidade

Segundo dados da polícia, quase 20.000 pessoas manifestaram no começo da tarde desta quarta-feira, no centro de Atenas. As forças de ordem utilizaram gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes, muitos militantes de extrema-esquerda ou anarquistas. Os manifestantes também destruíram motos e veículos e a entrada do Banco Central grego foi pichado com tinta vermelha.

Além dos protestos, a greve geral também perturbou a capital grega. Na manhã desta quarta-feira, o transporte público estava praticamente paralisado. A greve afetou tanto o setor público, quanto o privado, com paralisação em escolas, hospitais e bancos.

A Grécia, que atravessa uma das piores crises econômicas das últimas décadas, foi o primeiro país europeu a receber uma ajuda bilionária da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, em troca de medidas de austeridade, que incluem aumento de impostos e cortes de salários.

Europa

Nesta quarta-feira, trabalhadores de diversos países da Europa saíram às ruas para protestar contra as medidas de austeridade impostas pelos governos do bloco.

Na Bélgica, 300 pessoas responderam ao chamado dos sindicatos e manifestaram de maneira simbólica diante da sede da Comissão Europeia em Bruxelas contra os planos de austeridade na Europa.

Alguns manifestantes estavam fantasiados de "Drácula" para criticar o que chamam de "banqueiros-vampiros, que chupam o sangue dos trabalhadores». Os sindicatos belgas e a Confederação europeia de sindicatos propõem como alternativa aos planos de austeridade, a instauração de uma taxa sobre as transações financeiras.

Na Irlanda, o parlamento deve votar nessa quarta-feira o plano de austeridade anunciado no fim de novembro, que prevê uma economia de 15 bilhões de euros em quatro anos. O governo do pais acredita que o plano é a única saída para a crise financeira.

As manifestações foram convocadas pela Confederação Europeia de Sindicatos. Segundo o secretário-geral da confederação, John Monks, a jornada de greve serve para mostrar a insatisfação dos trabalhadores, "que têm a impressão de que são eles que pagam a conta da última crise".

"Os planos de rigor atingem salários, pensões e benefícios sociais. Estão desmantelando a nossa Europa social", reclamou o sindicalista. Ele acrescenta que, "enquanto o povo sofre, os bancos embolsam os lucros e transferem suas perdas".

Esta quarta-feira foi escolhida para a greve de 24 horas por ser véspera de um encontro de chefes de Estado e de governo da União Europeia, em Bruxelas. Na quinta-feira, eles vão discutir soluções para os problemas econômicos atuais da zona euro.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.