Risco de atentado na Europa continua elevado, afirmam autoridades
Os governos europeus evitam o alarmismo, mas as declarações sobre um possível ataque terrorista no continente se multiplicam. O Ministério das Relações Exteriores Francês pediu cautela aos turistas no Reino Unido. O ministro alemão do interior, Thomas de Maizière, também admitiu que o país pode ser alvo de atentados.
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A ameaça de um ataque terrorista continua preocupando os governos europeus, que pedem cautela à população, mas evitam o alarmismo excessivo. O ministro alemão do interior, Thomas de Maizière, declarou nesta quarta-feira que não vê indícios de um ataque terrorista iminente contra o país, mas admitiu que a Alemanha pode ser alvo de atentados. Já o Ministério francês das Relações Exteriores publicou nesta terça-feira, em sua página na Internet, um comunicado indicando que o nível de ameaça terrorista é elevado no Reino Unido, pedindo que seus cidadãos tomem certas precauções em visita ao país, principalmente no transporte coletivo e em pontos turísticos.
As declarações são uma resposta ao alerta lançado no domingo pelas autoridades britânicas e americanas, que pediram aos cidadãos que sejam prudentes durante viagens à França e à Alemanha. Nesta quarta-feira, o embaixador do Paquistão nos Estados Unidos afirmou que os ataques contra as zonas tribais no país estão ligado a recentes descobertas de supostos projetos de atentados da Al-Qaeda na Europa.
Desde setembro, a CIA, a Agência Central de Inteligência norte-americana, intensificou consideravelmente as operações com aviões teleguiados, os chamados drones, nas zonas tribais na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, visando rebeldes talibãs. As autoridades paquistanesas registraram 24 ataques com aviões teleguiados em seu território desde o dia 3 de setembro, que causaram a morte de 140 pessoas.
Em um desses ataques, feito na última segunda-feira na região do Waziristão, norte do Paquistão, 8 extremistas islâmicos foram mortos, entre eles 5 de nacionalidade alemã. Segundo informações divulgadas pela BBC, um britânico, que também foi morto em uma operação com aviões teleguiados no início de setembro, deveria assumir a direção de um braço da rede Al Qaeda na Grã Bretanha, com a missão de cometer atos terroristas na Europa.
Os Estados Unidos e os serviços secretos europeus consideram as zonas tribais do Paquistão como a região mais perigosa do mundo. São nessa áreas que a rede terrorista Al Qaeda, com a ajuda de talibãs paquistaneses, treina seus combatentes e kamikazes para cometer atentados, principalmente nos Estados Unidos e Europa.
O Movimento dos Talibãs do Paquistão é o principal responsável de uma série de cerca de 400 ataques terroristas que, em 3 anos, deixaram 3.700 mortos no Paquistão.
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