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Nuvem vulcânica/Europa

Companhias aéreas devem receber ajuda da União Europeia

A Air France estima uma perda diária de 35 milhões de euros e a British Airways, entre 17 e 26 milhões de euros. A Comissão Européia estuda a aplicação de um dispositivo de ajuda similar ao adotado depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

O comissário dos transportes europeu Siim Kallas e José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.
O comissário dos transportes europeu Siim Kallas e José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia. Reuters
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A crise financeira global já vinha afetando seriamente o setor aéreo, mas depois de seis dias de paralisação, as empresas foram obrigadas a pedir socorro aos seus países e à Comissão Europeia para conseguir arcar com os prejuízos. A Air France estima uma perda diária de 35 milhões de euros e pede que os aviões voltem a voar. Para o presidente da companhia francesa, Pierre-Henri Gourgeon, "é preciso por fim a esse dispositivo que não é mais adaptado para a situação atual". Cerca de 500 mil funcionários da Air France estão ameaçados de "desemprego técnico". Nessa situação, os empregados ficam em casa, vinculados à empresa, e recebem 50% do salário. Os outros 50% são pagos pelo governo.

As contas da British Airways também são "salgadas", entre 17 e 26 milhões de euros a menos por dia. A escandinava SAS, com prejuízos diários de 5 a 9 milhões de euros, também poderia ser obrigada a colocar 2.500 pessoas em desemprego técnico. Giovanni Bisignani, presidente da IATA - Associação Internacional de Transportes Aéreos - que representa 230 companhias do mundo, calcula em 186 milhões de euros diarios os prejuizos. Resumindo, desde o começo da paralização, já foram perdidos mais de um bilhão de dólares.
 

Diante desse cenário catastrófico, a Comissão Europeia não exclui a possibilidade de dar sinal verde aos Estados para ajudas a título excepcional. Resposta nos próximos dias. Bruxelas está comparando os mecanismos aplicados depois dos atentados de 11 de setembo de 2001 aos que poderia utilizar na crise atual. O artigo 107 do Tratado europeu autoriza um Estado-Membro a apoiar uma empresa em caso de catástrofe natural como inundações ou terremotos, por exemplo.
 

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