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G7/EUA

Ministros das Finanças do G7 vão discutir política econômica dos EUA

Os ministros das Finanças do G7 se reúnem nesta sexta-feira (12) e no sábado (13) na cidade italiana de Bari para abordar, entre outros temas, a visão econômica do novo governo americano, mas deixando de lado questões mais espinhosas, como o comércio mundial.

Comissário europeu da economia, o francês Pierre Moscovici, fala com jornalistas em Bari.
Comissário europeu da economia, o francês Pierre Moscovici, fala com jornalistas em Bari. REUTERS/Alessandro Bianchi
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"Precisamos entender quais serão os planos, suas decisões. A administração (americana) já está há bastante tempo na função e temos a oportunidade de nos conhecermos melhor", declarou o comissário europeu de Assuntos Econômicos, o francês Pierre Moscovici.

Os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, o Reino Unido, Itália e Canadá) estão preocupados pela nova orientação da administração americana em relação ao comércio internacional, após a eleição do presidente Donald Trump.

"Os americanos são livres para eleger sua política. Mas espero que essa política se integre no contexto internacional, o que também significa multilateralismo" e "compromisso com o livre-comércio", acrescentou Moscovici.

Temas espinhosos

Embora o debate entre o livre-comércio e o protecionismo não estará na agenda da reunião dos ministros das finanças do G7, o secretário americano de Tesouro, Steven Mnuchin, está disposto a abordar a questão em reuniões bilaterais, afirmou um funcionário de Washington.

Os temas estarão no programa de negociações entre os chefes de Estado e de Governo do G7, que se reunirão na Sicília no final do mês, asseguraram as autoridades italianas, anfitriãs do encontro.

Washington considera que os demais países já estão "conscientes" do fato de que "a administração Trump quer relações comerciais mais equitativas, equilibradas e recíprocas com [seus] sócios-chaves", assegurou nesta semana um funcionário do governo americano.

Além do espinhoso tema do protecionismo, a Itália, que preside neste ano o G7, espera poder avançar com sua "agenda de Bari", um programa para reduzir as desigualdades. O ministro italiano das Finanças, Pier Carlo Padoan, almeja a adoção de um documento a favor de um crescimento inclusivo, em um momento em que cresce a insatisfação daqueles que se sentem excluídos da bonança nas economias de alguns.

Luta contra a sonegação

Os membros do G7 também pretendem falar do tema da evasão fiscal. Nesse ponto, esperam ter avanços com a ajuda da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), que nos últimos anos transformou essa luta em estandarte. O G7 encarregará a OCDE de refletir sobre as formas de enfrentar esquemas cada vez mais complexos de evasão fiscal, informou um funcionário italiano.

Também se esperam avanços em relação à segurança cibernética e à luta contra o financiamento ao "terrorismo", dois assuntos "estratégicos", concluíram Mnuchin e Padoan, em reunião bilateral que aconteceu na quinta-feira (11) em Bari.
 

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