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China/Acidente

Explosões em Tianjin podem causar até US$ 1,5 bi em prejuízos a seguradoras

As explosões que atingiram e devastaram uma das áreas de Tianjin, um dos mais importantes portos do mundo, têm forte repercussão em atividades de empresas multinacionais e podem provocar prejuízos econômicos por vários meses. Para as seguradoras chinesas, as perdas podem chegar até U$1,5 bilhão segundo a agência de classificação de riscos Fitch.

Protestos após as explosões de Tianjin, na China, em 19 de agosto de 2015.
Protestos após as explosões de Tianjin, na China, em 19 de agosto de 2015. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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Entre as 500 principais empresas multinacionais, cerca de 150 tinham operações em Tainjin, uma metrópole de 15 milhões de habitantes. A tragédia, que teve início em um depósito de produtos químicos, deixou pelo menos 114 mortos. Um vasto perímetro do porto foi destruído ou evacuado devido aos riscos de contaminação de cianeto de sódio, um produto altamente tóxico.

Grande parte da zona portuária manteve seu funcionamento, mas os danos provocados em depósitos e fábricas são considerados "muito graves". As explosões comprometeram várias cadeais de produção de empresas.

Setor automobilístico bem atingido

Somente para a o setor automobilístico, a imprensa oficial da China acredita que as perdas vão ultrapassar U$ 310 milhões. Nesta quarta-feira, a produção da fabricante japonesa Toyota continuava interrompida. Até uma linha de produção situada a 70 km do local das explosões ficou paralisada porque sua atividade é montar peças que são produzidas em Tianjin.

Para a montadora francesa Renault, que perdeu 1,5 mil carros importados recentemente no acidente, o porto de Tainjin é considerado essencial já que pela cidade transitam entre 55% e 60% de suas importações pela China. O grupo já anunciou a transferência do seu circuito de importação para Xangai.

Na zona portuária também se encontra uma usina do laboratório farmacêutico britânico GlaxoSmithKline (GSK). O grupo ainda não consegue avaliar as perdas porque o local ainda não está acessível. A Bloomberg News informou que uma unidade do fabricante americano de máquinas agrícolas John Deere também sofreu sérios danos.

Gigante portuária

Na classificação de 2013 da American Association of Port Authorities, Tianjin se encontra na terceira colocação em um ranking mundial de volumes anuais de fretes e 10° lugar no tráfego de contêneires. O Porto de Tianjin anunciou que retomou "normalmente" as suas atividades, exceto na área das explosões e arredores.

Especialistas estimam que o impacto macroeconômico poderá não ser tão significativo, mas para isso é preciso saber se as atividades da zona portuária ficarão comprometidas provisoriamente ou de maneira definitiva.

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