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Radar econômico

Fuga de capitais de bancos espanhóis pode aprofundar a crise

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O medo do aprofundamento da crise na Espanha está levando cada vez mais a população a sacar suas economias do banco e levar o dinheiro para um estabelecimento estrangeiro, ou até mesmo guardá-las na própria casa. A exemplo do que já acontece na Grécia há dois anos, a chamada fuga de capitais atingiu um recorde no primeiro trimestre do ano e chegou a 97 bilhões de euros, quase 250 bilhões de reais, retirados da economia espanhola.

Espanhola protesta na fila do Bankia, no dia 1° de junho, em Madri.
Espanhola protesta na fila do Bankia, no dia 1° de junho, em Madri. REUTERS/Andrea Comas
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Dois terços deste valor saíram dos bancos hispânicos somente no mês de março, quando começaram a se acelerar as preocupações sobre o país também precisar de ajuda financeira internacional para sair do buraco.

Quem mais contribui para a fuga massiva de capitais são os milionários espanhóis, que preferem confiar em bancos suíços ou britânicos, países que não adotam a moeda única europeia. Mas também há pessoas comuns que se apavoram com a avalanche de más notícias sobre a economia.

As principais consequências de um movimento de pânico provocar uma corrida aos bancos espanhóis são duas: diminuir o dinheiro disponível para investimentos, importantes para a retomada do crescimento, e o aumentar do risco de quebra dos bancos do país, já fragilizados. O economista Pascal de Lima, professor da Sciences Po, em Paris, destaca que o governo espanhol deve fazer o máximo esforço para evitar pedir ajuda internacional para recapitalizar os seus bancos, sob o risco de piorar ainda mais a confiança dos mercados financeiros na economia.

 

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