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UE/Economia

Hollande e Merkel se enfrentam em reunião da UE sobre crescimento

Os dirigentes da União Europeia (UE) se reúnem em Bruxelas no próximo dia 23 de maio para uma reunião extraordinária sobre o crescimento econômico no bloco, de acordo com anúncio feito nesta terça-feira pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. O encontro será uma prova de fogo para o mais novo do grupo, o recém-eleito presidente francês, François Hollande, que toma posse em 15 de maio. A Cúpula oficial de chefes de Estado da UE está prevista apenas para o final de junho deste ano.

Herman Van Rompuy convocou nesta terça-feira uma reunião extraordinária de dirigentes do bloco para o 23 de maio.
Herman Van Rompuy convocou nesta terça-feira uma reunião extraordinária de dirigentes do bloco para o 23 de maio. REUTERS/Yves Herman
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Diante das divergências sobre qual modelo adotar para relançar a economia no bloco, Hollande terá a difícil tarefa de defender a adoção de um acordo suplementar ao pacto de disciplina orçamentária defendido pela Alemanha e assinado em março por 25 países. A fim de buscar uma saída para esse impasse com o governo alemão, ele irá ao país em sua primeira visita oficial como presidente. Sua reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, está agendada para um dia depois de sua posse.

José Manuel Barroso, presidente da Comissão Européia, pediu aos governos da UE que adotem as proposições já apresentadas em encontros anteriores. Dentro do projeto “Europa 2020”, o plano estratégico para o bloco nos próximos dez anos - focado nas novas tecnologias e na economia verde- os europeus querem adotar empréstimos mutualizados, aumentar o capital do banco europeu de investimentos e aplicar uma taxa sobre as transações financeiras que recolheria fundos para o grupo.

Berlim X Paris

De um lado os franceses querem utilizar fundos europeus para executar grandes projetos estruturais e relançar a economia. Enquanto o modelo econômico defendido pela Alemanha acredita que o crescimento deve ser “durável”, o que não poderia acontecer com o aumento da dívida pública. Segunda essa linha, a saúde econômica passaria por reformas, como a do mercado de trabalho, que possam garantir mais competitividade aos países. Com a adoção de medidas de austeridade, a recessão é vista como um “mal necessário”. Merkel vê a aplicação de dinheiro dos cofres públicos com uma solução paliativa que serve apenas para ganhar tempo e agravar a situação. Jà Hollande quer com uma injeção de investimentos dar novamente esperança aos cidadãos cada vez mais avessos ao projeto europeu.
 

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