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Crise da dívida

Merkel defende recapitalização dos bancos europeus

A chanceler alemã, Angela Merkel, fez um apelo nesta quarta-feira para que a União Europeia acelere as manobras para recapitlizar os bancos da região e evitar, assim, um efeito bola de neve no continente.

A chanceler alemã, Angela Merkel, já assinala para a necessidade de injetar dinheiro nos bancos europeus, expostos a títulos da Grécia e de outros países em dificuldade.
A chanceler alemã, Angela Merkel, já assinala para a necessidade de injetar dinheiro nos bancos europeus, expostos a títulos da Grécia e de outros países em dificuldade. REUTERS/Thomas Peter
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As declarações de Merkel, feitas em Bruxelas, coincidem com as inquietudes já pronunciadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que alertou, recentemente, para o risco de falta de liquidez do sistema bancário europeu. Na quarta-feira, o FMI sugeriu que entre 100 e 200 bilhões de euros fossem injetados nos principais bancos europeus para estabilizar o setor.

"A recapitalização se justifica se há a constatação de que os bancos não estão suficientemente capitalizados", disse Merkel. A Alemanha, primeira economia europeia, disse que está disposta a injetar dinheiro em seus próprios bancos, caso seja necessário.

As dificuldades que atravessam o banco franco-belga Dexia, primeira instituição vítima essa semana da crise da dívida na Europa, atiçaram ainda mais os ânimos. Ontem, dirigentes da França e da Bélgica fizeram uma reunião de emergência e entraram num acordo para salvar a instituição financeira. Os termos do acordo devem ser anunciados na quinta-feira.

A tensão é crescente na Europa diante do risco de que a crise da dívida soberana contamine o setor, como em 2007 e 2008 após a falência do Lehman Brothers nos Estados Unidos. Os bancos europeus estão cada vez mais reticentes em conceder empréstimos entre eles e os bancos norte-americanos preferem evitar a zona do euro.

Nesta quarta-feira, o FMI não descartou intervir no mercado para comprar títulos de estados em dificuldade como meio de salvar os bancos europeus. Hoje, essas operações são asseguradas pelo Banco Central europeu, mas os governos europeus também devem intervir via o recém-criado Fundo de Socorro Financeiro.

Diante da expectativa de uma ação coordenada dos países e instituições europeias para salvar o setor bancário, as principais bolsas da Europa fecharam, nesta quarta-feira, o mercado em alta.

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