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G20 tenta assegurar mercados, mas bolsas operam instáveis

Após uma quinta-feira de queda generalizada, as bolsas asiáticas fecharam pelo segundo dia com fortes baixas: Hong Kong recuou 2,38% e Shangai perdeu 1,54%. Comunicado do G20 prometendo ações contra a crise atenua temores, mas não evita queda dos pregões: as bolsas européias abriram em alta, mas operam com fortes oscilações.

Face à instabilidade das bolsas, ministro francês das Finanças, François Baroin, pressionou para divulgação antecipada de comunicado.
Face à instabilidade das bolsas, ministro francês das Finanças, François Baroin, pressionou para divulgação antecipada de comunicado. REUTERS/Petar Kujundzic
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Durante a madrugada, os ministros das Finanças do G20 divulgaram um comunicado para acalmar os mercados, reafirmando que darão “uma resposta forte e coordenada” para impedir a falência de bancos europeus e sustentar o crescimento mundial. O texto foi publicado ao final de um jantar de trabalho entre ministros das 20 economias mais fortes do planeta. Os ministros do G20 admitem "os intensificados riscos sobre as dívidas soberanas, a fragilidade do sistema financeiro, as turbulências do mercado, o fraco crescimento econômico e um desemprego inaceitavelmente alto".

Eles prometem ainda apoiar as instituições financeiras, garantindo que os bancos tenham "o capital adequado", com "os bancos centrais mantendo a liquidez necessária (...) e políticas monetárias visando à estabilização dos preços e à retomada do crescimento econômico". "Estamos tomando ações fortes para manter a estabilidade financeira, restaurar a confiança e apoiar o crescimento".

A declaração do G20 não era esperada para hoje, já que o grupo terá uma reunião em Washington nesta sexta-feira, mas o ministro francês das Finanças, Francois Baroin, destacou "a importância da situação e o desejo compartilhado de dar uma resposta coletiva (...) diante da turbulência que observamos nos mercados".

Mas a crise econômica se agrava dia a dia. A agência Moody's rebaixou hoje de dois patamares a nota dos principais bancos gregos e de um nível a nota soberana da Eslovênia, pequeno país da zona do euro cujo governo entrou em crise na quarta-feira. A Europa estaria pronta para recapitalizar 16 bancos da zona do euro em dificuldades.

No final da manhã desta sexta-feira, Paris operava em ligeira alta de 0,16%, mas passou para o vermelho em seguida, com baixa de 2%. Também a Organização Mundial reviu para baixo as previsões de crescimento do comércio em 2011, projetando agora uma progressão do comércio internacional de 5,8% contra 6,5% previstos inicialmente.
 

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