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EUA/ dívida

EUA saúdam decisão de agência de manter nota máxima para o país

A agência de classificação de riscos Fitch Rating – a menos americana entre as principais do mundo – confirmou hoje que os Estados Unidos mantém a nota AAA, a melhor da escala, e atribuiu uma perspectiva “estável” à economia americana. O anúncio acontece 11 dias depois de outra agência, a Standard & Poor’s, rebaixar em um ponto a nota de risco do país, para AA+. 

Agência tem sede em Nova York e Londres.
Agência tem sede em Nova York e Londres. Reuters/Alessandro Garofalo
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O Tesouro americano saudou a decisão da agência e declarou que “os Estados Unidos merecem o AAA da Fitch” e que “irão resolver o desafio da dívida” soberana do país, que ultrapassa os 14,5 trilhões de dólares – ou 100% das riquezas americanas. O rebaixamento da Standard & Poor’s – que ainda cogita reduzir mais uma vez a nota - provocou uma forte turbulência nos mercados financeiros, ao elevar os temores dos investidores de que os americanos não serão capazes de pagar suas obrigações.

Enquanto isso, a Fitch declarou hoje que, a médio prazo, não pensa em modificar a classificação dos Estados Unidos. “Os pilares fundamentais da excepcional solvabilidade dos Estados Unidos permanecem intactos: seu papel-chave nos sistemas financeiros mundiais e uma economia flexível, diversificada e rica”, afirmou a agência internacional.

A principal economia mundial, estima, é capaz de se adaptar aos choques graças à flexibilidade de sua política monetária e de suas taxas de câmbio, e seu crescimento “deve voltar ao ritmo”. A sociedade aposta que, a longo prazo, os Estados Unidos devem se estabilizar com uma taxa de crescimento de 2,25% ao ano.

Apesar dos elogios, a Fitch adverte que a nota do país pode ser revista se o comitê parlamentar republicano e democrata, que deve apresentar suas conclusões em novembro, não conseguir chegar a um acordo sobre um plano “confiável” de redução da dívida pública dos Estados Unidos. Além disso, a agência conta com o fato de que o país não ultrapassará o limite de endividamento de 105% do PIB, fundamental para a permanência do triplo A. A nota máxima permite aos americanos de obter empréstimos sob condições extremamente favoráveis.

A terceira agência mais importante, a Moody’s, declarou no dia 7 que mantém a nota máxima americana, mas não exclui a possibilidade de rebaixá-la.

 

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