EUA acusam agência de notação de erro em rebaixamento
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos contestou o rebaixamento, pela primeira vez na história, da nota da dívida norte-americana de "AAA" para "AA+". Os EUA acusam a agência de classificação de risco S&P (Standard and Poor's) de ter cometido um erro de US$ 2 trilhões em seus cálculos.
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A agência vinha advertindo nas últimas semanas sobre a possibilidade de rebaixar a nota da dívida americana. Em declarações publicadas pela versão eletrônica do jornal econômico The Wall Street Journal, um porta-voz do Tesouro diz que recebeu a análise da agência de qualificação de crédito na tarde de sexta-feira e alertou a S&P de um erro que elevava as projeções do déficit futuro em US$ 2 trilhões.
Em comunicado neste sábado, a Standard & Poor’s afirmou que a diferença poderia ser atribuída a “mudanças em projeções” em sua metodologia, mas acrescentou que isso “não tinha impacto sobre a nota.
Os Estados Unidos mantinham a nota máxima há 70 anos. Segundo a agência de notação, o rebaixamento foi decidido porque Washington não fez o suficiente para reverter as perspectivas sombrias da economia nacional. Em comunicado emitido na sexta-feira, a S&P diz que o acordo fiscal firmado recentemente pelo Congresso e o governo não atende ao que, na opinião da agência, “seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida a médio prazo”.
Com o rebaixamento, os bônus do Tesouro dos EUA, antes considerados como um dos investimentos mais seguros do mundo, deixam um seleto clube que conta agora com 14 paises, como Grã-Bretanha, Alemanha, França e Canadá. Os EUA passam a fazer parte do bloco de países como Bélgica e Nova Zelândia.
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