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FMI/Sucessão

Ministra francesa Christine Lagarde passa por sabatina no FMI

Para ocupar o cargo mais importante do Fundo Monetário Internacional deixado por Dominique Strauss-Kahn, a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, deverá convencer, nesta quinta-feira, os 24 membros do Conselho de Administração do fundo, em Washington, de que ela é mais capaz do que o presidente do Banco Central mexicano, Augustín Carstens, seu único rival.

A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, em Washington
A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, em Washington Reuters
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Lagarde vai detalhar sua visão de um FMI reativo, cooperativo, legítimo e justo. Na sua conta de Twitter na internet, ela escreveu que é adepta de um "liberalismo temperado". Carstens foi o primeiro a passar pela sabatina, na terça-feira, e defendeu que o FMI tenha mais recursos permanentes, seja imparcial e melhor representado pelas economias emergentes.

Na próxima terça-feira, os membros do Conselho de Administração do fundo terão uma discussão formal sobre as duas candidaturas e vão anunciar o novo diretor-gerente do FMI até o dia 30 de junho.

Jornais franceses desta quarta-feira comentam a falta de prestígio da Europa, que ficou visível com ausência de um apoio oficial de Washington à candidatura da ministra francesa da Economia. Especialistas americanos afirmam, no entanto, que é mais provável que os Estados Unidos votem por Lagarde, para diminuir a pressão sobre os americanos para que eles abandonem o posto de presidente do Banco Mundial.

Estados Unidos e Europa possuem quase a metade dos direitos de voto no FMI. O Brasil, junto com outros oito países, tem 2,8%.

Inquérito judicial pode comprometer candidatura de Lagarde

Apesar do favoritismo de Lagarde, apoiada pela maioria dos europeus, por alguns emergentes e pelo Japão, sua eleição é ameaçada por um inquérito judicial na França. Ela é suspeita de favorecer o empresário Bernard Tapie em uma negociação com o Estado que teria causado prejuízos aos cofres públicos franceses de 210 milhões de euros. Dois assessores diretos da ministra também estariam envolvidos.

No dia 8 de julho, a Corte de Justiça da República francesa vai anunciar se abre ou não uma investigação por abuso de autoridade contra Lagarde, por ter recorrido à justiça privada quando o dinheiro público estava em jogo. Até lá, o FMI já terá divulgado o nome do seu novo diretor-gerente.

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