Aberta oficialmente a corrida para a sucessão de Strauss-Kahn no FMI

O processo de sucessão do francês Dominique Strauss-Kahn no FMI foi aberto oficialmente nesta segunda-feira. Os candidatos interessados no cargo têm até o dia 10 de junho para apresentar suas candidaturas.

Christine Lagarde, ministra francesa das Finanças é uma das candidatas a sucessão de Dominique Strauss-Kahn na direção do FMI. Reuters

O nome favorito para ocupar o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional é o da ministra francesa da Economia, Christine Lagarde. Ela ainda não oficializou sua candidatura, mas já recebeu o apoio declarado da Alemanha, Holanda e Reino Unido e também poderia contar com a aprovação do Brasil e dos Estados Unidos.

O governo brasileiro já sinalizou que aceitaria a permanência de um europeu na direção do Fundo. A única exigência é que o indicado dê continuidade ao programa de reformas iniciado por Strauss Kahn, dando maior voz aos emergentes nas decisões do órgão.

Christine Lagarde enfrenta a concorrência do ministro das Finanças da Bélgica, Didier Reynders, que está desafiando a unidade europeia em torno de um candidato único, e de países emergentes. O México informou que vai apresentar a candidatura do presidente do Banco Central mexicano, Agustin Carstens. Um grupo de países da Ásia central, próximos da Rússia, vai indicar para o cargo o presidente do Banco Central do Cazaquistão.

As negociações nos bastidores são intensas. Os europeus farão tudo para manter a direção geral do FMI e evitar que um representante emergente imponha medidas ainda mais duras de ajuste fiscal aos países endividados da zona euro.

Historicamente, desde a criação da instituição em 1944, o FMI é dirigido por um europeu, enquanto que o Banco Mundial é comandado por um norte-americano. Acusado de tentativa de estupro nos Estados Unidos, Dominique Strauss-Kahn pediu demissão do cargo na quinta-feira da semana passada antes do fim de seu mandato em 2012, antecipando a corrida por sua sucessão.