China flexibiliza taxa de câmbio do yuan
Acusada pelos Estados Unidos de manter o valor da moeda baixo para favorecer exportações, China promete estipular um nível "razoável e balanceado."
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Cumprindo a promessa feita no último final de semana, a China flexibilizou hoje a taxa de câmbio de sua moeda, o yuan. Há quatro dias da abertura da Cúpula do G20, em Toronto, no Canadá, a decisão reduz os temores do mercado de uma guerra comercial entre China e Estados Unidos. O governo americano vem pressionando Pequim para valorizar a moeda e acusa o governo chinês de manter artificialmente baixo o valor do yuan para ajudar as exportações do país.
A moeda chinesa atingiu, nesta terça-feira, o nível mais alto em relação ao dólar norte-americano nos últimos cinco anos. Desde julho de 2008, o Banco Central do país publica todos os dias o valor da taxa de câmbio praticamente fixa em relação ao dólar, com uma variação máxima de 0,5%. No comunicado da última sexta-feira, o governo chinês disse que a estabilidade da sua moeda será mantida num nível “razoável e balanceado”.
De acordo com analistas, Pequim não deve permitir uma grande valorização do yuan, apesar da pressão dos Estados Unidos, que acusam o governo chinês de desvalorizar artificialmente a sua moeda com o objetivo de favorecer as próprias exportações. A crise econômica dos últimos meses, porém, tem transformado o mercado de câmbio internacional. A queda do euro em mais de 17% em relação ao dólar e ao yuan desde dezembro do ano passado, tornou as exportações chinesas menos competitivas no Velho Continente. A Europa é, atualmente, o maior mercado de exportação para os produtos chineses.
João Alencar, em colaboração para a RFI
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