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O Agenda Europa desta semana conta quais são os eventos que marcam a abertura da programação de Riga como capital europeia da cultura em 2014. O programa fala ainda sobre a retrospectiva da obra de Buster Keaton em Londres e os concertos de grandes orquestras europeias em Paris. Clique em "Ouvir" para conferir o Agenda Europa completo.

Riga, capital da Letônia, é a capital europeia da cultura em 2014, junto com a cidade de Umea na Suécia.
Riga, capital da Letônia, é a capital europeia da cultura em 2014, junto com a cidade de Umea na Suécia. Aleksandrs_Kendenkovs
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A partir do próximo final de semana, a Riga sedia uma série de eventos inspirados em grande parte na memória nacional da Letônia. Aiva Rozenberga, diretora da programação, explicou à RFI qual é o fio condutor da programação da capital cultural europeia 2014: "O conceito artístico é Força Maior. Acreditamos que a cultura é uma força que pode melhorar não só a vida das pessoas, mas também o cotidiano das cidades."

Na sexta-feira 17 estreia uma montagem multimídia de "Rienzi", ópera de Richard Wagner. Ainda jovem, o compositor alemão começou a trabalhar nessa obra em Riga, onde foi diretor musical do teatro municipal de 1837 a 1839.

No mesmo dia será aberta uma exposição sobre a Primeira Guerra Mundial, que teve início há cem anos e foi determinante para a história da Letônia. Esse pequeno país às margens do mar Báltico apareceu no mapa da Europa ao final do conflito. A mostra no Museu Nacional de Arte da Letônia vai contar a guerra pelos olhos de artistas europeus ativos na época.

O ponto alto desse fim de semana inaugural será uma corrente humana para transferir livros da antiga Biblioteca Nacional da Letônia para a nova sede da instituição. No sábado, as obras passarão de mão em mão até o Castelo de Luz, como foi chamado o projeto do arquiteto americano de origem letã Gunnar Birkerts.

Vários outros eventos foram programados para 2014 em Riga. O maior deles, em termos numéricos, acontece em julho: cerca de 20 mil cantores de quase 90 países vão participar do Concurso Mundial de Corais.

A diretora da programação, Aiva Rozenberga, também chama a atenção para a abertura ao público da antiga sede da KGB, o serviço de inteligência soviético.

"É um prédio de sete andares no centro de Riga. A arquitetura é bela, mas a atmosfera e a história dele são muito sombrias. O prédio está vazio há vários anos, mas antes disso foi a sede da polícia letã. Durante a Segunda Guerra Mundial o local era o quartel general do exército nazista e no período soviético foi a sede da KGB. De maio a setembro vamos abrir o prédio para o público com exposições sobre a história do local, mostras de fotografia e de histórias pessoais dos habitantes da cidade", conta ela.

Riga divide o título de capital europeia da cultura este ano com a cidade de Umea, na Suécia. A programação sueca começa no final do mês.

Cinema

Ele foi o outro gênio do cinema mudo: o Instituto Britânico do Cinema apresenta até o final de fevereiro em Londres uma grande retrospectiva da obra de Buster Keaton.

Com uma eterna expressão de Pierrot trágico, o ator e diretor americano é famoso por ter feito sem dublê as sequências mais perigosas de seus filmes. Ele chegou a quebrar o pescoço enquanto filmava "Sherlock Jr", uma de suas obras mais conhecidas, de 1924.

Os longas que Buster Keaton escreveu e dirigiu têm uma fluidez narrativa rara nas comédias da época. E ainda parecem surpreendemente modernos aos olhos dos espectadores atuais.

Quando os filmes começaram a falar e os estúdios quiseram colocar limites à imaginação transbordante de Buster Keaton, sua carreira desandou. Ao contrário do rival Charles Chaplin, ele não sobreviveu à era do cinema tagarela.

Música clássica

Um verdadeiro congestionamento de grandes orquestras. É o que deve acontecer na capital francesa no próximo final de semana.

O maestro letão Maris Jansons dirige a Orquestra Sinfônica da Rádio Bavaresa no Teatro des Champs-Elysées no sábado, 18 de janeiro. Já no dia seguinte o mesmo palco será ocupado pela Filarmônica de Viena, com regência do italiano Riccardo Chailly.

Na mítica Sala Pleyel, a Orquestra Sinfônica de Londres se apresenta no sábado sob a batuta de John Eliot Gardiner, com solo da pianista Maria João Pires. Enquanto no domingo 19 é a vez da Orquestra Simon Bolívar da Venezuela, regida pelo carismático Gustavo Dudamel.

O rico programa desse final de semana traz bastante Tchaikovsky e um pouco de Mendelssohn e Schumann, além de obras de Alban Berg, Sibelius e Bruckner.
 

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