Lúcio admite falhas da defesa e prevê jogo difícil contra Portugal
A seleção brasileira não deve ter uma atenção especial com o atacante Cristiano Ronaldo e sim se preocupar com toda a equipe portuguesa. Essa é a opinião do zagueiro e capitão Lúcio que prevê uma partida difícil contra a única equipe do grupo C que ainda não tomou gols e tem o maior saldo de gols do Mundial. Durante a entrevista coletiva, o zagueiro também revelou que os jogadores conversam após as partidas sobre as falhas da equipe.
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«A gente conversa depois dos jogos. Ninguém gosta de sair de uma partida sofrendo gols. Mas se você
Lúcio, capitão da seleção brasileira
perceber, tomamos gols no final da partida. Não é um drama», destacou o capitão. Lucio lembrou que o Brasil levou seu primeiro gol na Copa, contra a Coreia do Norte no final da partida, quando já vencia por 2 a 0 e contra a Costa do Marfim quando ganhava por 3 a 0. «Com certeza não estamos satisfeitos. Se aconteceu gols foi porque teve falhas», admitiu.
Participando de sua terceira Copa do Mundo, Lucio vai atingir contra Portugal a marca de 15 jogos com a camisa da seleção brasileira em Mundiais. Ele vai superar a marca de Pelé. « Essa questão de jogos, eu não sabia, para mim não chama a atenção. Fico feliz, é uma uma coisa importante, dá motivação mas não é meu foco alcançar recordes individuais », comentou.
O capitão brasileiro também procurou evitar inflamar o clima de rivalidade que se formou entre as seleções de Brasil e Portugal. «A gente sabe que se criou um disputa muito grande, mas para esse jogo a gente vai se empenhar o máximo. A disputa sempre vai existir e o nosso objetivo vai ser terminar em primeiro e a gente espera que seja um bom jogo », afirmou.
Religião
Lucio também fez questão de evitar uma polêmica sobre questões religiosas envolvendo os jogadores brasileiros. O tema foi evocado por Kaká, adepto da Igreja Renascer em Cristo, que durante entrevista coletiva na terça-feira criticou a postura de um jornalista brasileiro sobre sua demonstração de fé e pediu respeito a ele e aos milhões de brasileiros que expressam sua crença em Deus e Jesus Cristo.
O zagueiro esclareceu que não há cultos dentro da seleção brasileira : « a gente se reúne nos momentos oportunos. O foco são os treinamentos e os jogos. Esse é o objetivo de todo mundo, alguns vêm levantando (o tema) há algum tempo, mas isso não tira a nossa paz », disse.
Questionado sobre a decisão da Fifa de proibir manifestações religiosas dentro do gramado, Lucio afirmou : « A gente tem que respeitar, (a Fifa) tem autoridade, seus parâmetros e, sem dúvida, a nossa posição é de respeitar e acatar a ordem deles », completou.
Lucio também não quis dar detalhes dos valores dos prêmios discutidos entre jogadores e os dirigentes da CBF. « Para a gente não é o foco principal, acontece em qualquer seleção e clube; o nosso foco principal é alcançar o sonho de ser campeão, que não tem preço », disse.
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