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Copa do Mundo

Depois da morte de bisneta, Mandela não vai à cerimônia de abertura

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu à população que mantenha a recepção calorosa aos visitantes. Mas a morte da bisneta de Nelson Mandela, que morreu em um acidente de carro depois do show de abertura, atrapalhou o clima de festa.

Zenani Mandela, bisneta de Nelson Mandela.
Zenani Mandela, bisneta de Nelson Mandela. Reuters
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O clima de festa da abertura do mundial foi abalado com a notícia da morte da bisneta do ex-presidente e prêmio nobel da paz, Nelson Madela. Zenani Mandela, de 13 anos, morreu num acidente de carro quando voltava para casa depois do concerto de lançamento festivo da Copa do Mundo.

O veículo capotou em uma estrada perto do centro da cidade e colidiu com um obstáculo. O motorista estava bêbado e foi indiciado pela polícia. Segundo as primeiras informações, Zenani seria a única vítima do acidente. Com a morte da bisneta, a participação anunciada do ex-presidente da sul-africano na cerimônia oficial de abertura da Copa do Mundo foi cancelada, na manhã desta sexta-feira.

Abertura da Copa

O show musical assistido por milhares de pessoas no estádio Orlando de Soweto, o local mais emblemático do Apartheid, marcou a abertura festiva da Copa do Mundo. Artistas locais e também internacionais, dividiram o palco com autoridades e ex-jogadores de futebol. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que a África merecia organizar essa Copa. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu à população que mantenha a recepção calorosa aos visitantes até o último dia do Mundial. As luzes do estádio de Soweto se apagam para, enfim, brilhar o gramado e as arquibancadas do estádio mais importante da Copa : o renovado Soccer City, também na periferia de Johanesburgo. Tudo está pronto para a estreia dos Bafana Bafana, apelido carinhoso dado aos jogadores da África do Sul, que enfrenta na tarde desta sexta-feira, o México no jogo de abertura.

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Elcio Ramalho, enviado especial da RFI em Joanesburgo.

Os últimos bons resultados de amistosos fizeram o país inteiro sonhar com uma conquista inédita. "Tenho certeza que a África do Sul vai ganhar", diz um torcedor, que trabalha como motorista de uma equipe mexicana de televisão, resume o sentimento dos moradores, ao organizar pela primeira vez uma Copa no continente africano. "Estou muito orgulhoso, não apenas eu, mas todas as pessoas. Tudo vai acontecer como o previsto, e os bafanas bafanas vão ganhar", completa. Em Johanesburgo, o clima contagiante da Copa está nas ruas, enfeitada com bandeiras, e até nos carros, decorados com as cores da África do Sul. Não é raro ouvir por todos os lados o som das "vuvuzelas", a corneta de plástico que irrita os jogadores estrangeiros que jogam na África do Sul. "A vuvuzela é o símbolo da nossa felicidade. Todo mundo tem uma casa", diz um outro sul-africano.

Massuko vai assistir os jogos, mas pela televisão, em casa com a família. O preço dos ingressos, 500 rands, 25% do salário médio de um sul-africano, foi considerado proibitivo pela maioria da população. "Não podemos comprar, é muito caro", diz Massuko. Como a quantidade de turistas previstos para a Copa também baixou de 450 mil para 300 mil pessoas, resta saber se todas as partidas terão arquibancadas lotadas. Mas nas ruas, os sul-africanos garantem que vão fazer festa.

 

 

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