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Brasil-Mundo

"Efeito Rio" marca Jornada Mundial da Juventude na Polônia

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Milhares de brasileiros estão presentes em Cracóvia. É o “efeito Rio” que se sente na Polônia. O arcebispo do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta, disse que a Igreja precisava envolver mais os jovens latino-americanos se quisesse se renovar. Os brasileiros são a 4ª maior delegação da Jornada Mundial da Juventude 2016, atrás apenas dos poloneses, italianos e franceses.

Grupo de Fortaleza leva música para Cracovia
Grupo de Fortaleza leva música para Cracovia Rafael Belincanta
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Rafael Belincanta, de Cracóvia para a RFI

Os jovens católicos brasileiros se viraram como puderam para chegar à Polônia e não escondem a emoção em realizar o sonho de encontrar jovens do mundo inteiro e o papa Francisco.

A paulista Letícia Aparecida Campos relata que passou "por muitas dificuldades e problemas até chegar ao objetivo". "Tivemos que enfrentar a crise econômica e a reformulação dos grupos. Foi um encontro muito bom, porque a gente está junto há uma semana. [No Brasil] a gente fez show, arrecadação, passava mais tempo na igreja do que fora. Essa vitória não é minha: fiquei muito feliz por ser uma das privilegiadas de participar das missas aqui”, contou à reportagem da RFI.

Terminados os eventos oficiais com o papa, os festivais da juventude espalhados pela cidade reúnem jovens do mundo inteiro. Os brasileiros chamam a atenção pela alegria e, principalmente, pela música. Como um grupo de Fortaleza, que fez uma canção especial para a JMJ. "Nosso grupo 'Ser-tão do Papa' quis fazer alguma coisa diferente. A gente quis fazer um ‘forrozinho’ que representasse o nosso grupo”, disse Danilo Aguiar.

Mesmo assim, o encontro não é só festa e música. Os jovens que estão na Polônia percorrem um percurso espiritual. É isso que diferencia a Jornada Mundial da Juventude de outros grandes eventos juvenis. “É o momento da sua busca espiritual. De você estar em contato com o Espírito Santo para que ele possa te guiar sempre mais próximo de Deus”, disse Diego Queiroz da Silva, vindo de Maringá, no Paraná.

Deus no céu e Francisco na Terra

Milhares de jornalistas acompanham a 15ª viagem internacional de Francisco para documentar como o papa sabe falar diretamente aos jovens.

Pouco depois de visitar o campo de concentração nazista de Aushwitz, na quinta-feira (28), o papa advertiu aos jovens que a crueldade não acabou e segue torturando o mundo. "Não quero deixá-los tristes, mas tenho que dizer a verdade. A crueldade não cessou em Auschwitz e Bikernau", confessou o pontífice entristecido ao aproximar-se da janela do Palácio Episcopal de Cracóvia para saudar grupos de jovens de diferentes nacionalidades.

"Hoje se tortura, muitos são torturados para que falem. É terrível. Muitos homens e mulheres vivem como animais em prisões superpopulosas. Essa é a crueldade de hoje", explicou ao resumir seus sentimentos após um longo dia marcado por sua primeira visita ao local onde mais de um milhão de pessoas foram exterminadas, em sua imensa maioria judeus. 

Rafael Belincanta

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