Acessar o conteúdo principal
Brasil/Rússia

Brics alertam contra ingerência na Síria

Os países emergentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) declararam neste domingo sua oposição a uma situação de ingerência na Síria nos moldes do que aconteceu na Líbia, onde a rebelião armada recebeu apoio da OTAN para retirar do poder o ditador Muammar Kadafi.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota Wilson Dias/ABr
Publicidade

O posicionamento do Brics foi apresentado pelo chanceler brasileiro Antonio Patriota e seu colega russo, Serguei Lavrov, durante encontro em Moscou. Na coletiva de imprensa na capital russa, o representante do Kremlim disse que os Brics defendem a atuação do Conselho de Segurança da ONU na resolução de conflitos. "Propomos que o conselho exija o respeito dos direitos humanos com firmeza e incite as partes em conflito ao diálogo", destacou Lavrov. "Não podemos encorajar as forças que formam parte da oposição síria a ignorar o diálogo", acrescentou o chanceler russo.

O ministro brasileiro Antonio Patriota visitou a Rússia para tratar de temas bilaterais, multilaterais e da agenda do Conselho de Segurança da ONU. No início de agosto, o Brasil votou favoravelmente a uma resolução do órgão condenando a violenta repressão aos protestos na Síria e pedindo a responsabilização criminal dos culpados. O voto brasileiro revelou uma mudança de postura do governo de Dilma Rousseff em relação ao seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que tentou sem sucesso se diferenciar das potências ocidentais em conflitos internacionais.

Da Rússia, Patriota seguirá para o Marrocos, onde tem encontro de trabalho nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores e Cooperação, Taïeb Fassi Fihri. Segundo comunicado do Itamaraty, "o objetivo da visita é aprofundar o diálogo político com o Marrocos, bem como tratar de temas relativos ao comércio e à cooperação bilateral". Serão analisados, também, temas da agenda internacional, em particular a situação no Norte da África e no Oriente Médio.

Repressão na Síria matou 12 pessoas neste domingo

Sem conseguir abafar o movimento de contestação que desafia os militares nas ruas, o regime sírio aceitou neste domingo a visita do chefe da Liga Árabe Nabil al-Arabi. Ele vai tentar convencer o presidente Bashar al-Assad a dialogar com a oposição. Neste domingo, as forças de segurança mataram mais 12 opositores em diferentes cidades do país. Uma mulher estava entre as vítimas, segundo fontes do movimento de oposição.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.