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Brasil/Oriente Médio

Lula prega mediação do Brasil no Oriente Médio

A primeira visita de um presidente brasileiro à Israel e territórios palestinos visa afirmar a ambição do país em contribuir para mediar o conflito israelo-palestino. O polêmico programa nuclear iraniano também fará parte da agenda de discussões.

O presidente Lula e o presidente israelense Shimon Peres, em Jerusalém.
O presidente Lula e o presidente israelense Shimon Peres, em Jerusalém. Foto: Reuters
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O presidente Luis Inácio Lula da Silva deu início à primeira visita oficial de um presidente brasileiro à Israel e aos territórios palestinos.

A primeira etapa dessa visita histórica é em Jerusalém, onde Lula se encontrou na manhã desta segunda-feira com o presidente israelense Shimon Peres.

Na sequência, acompanhado de uma delegação de 80 empresários, Lula participa de um seminário com empresários dos dois países.

Na parte da tarde, o presidente se reúne com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e ainda encontra-se com a dirigente da oposição, Tzipi Livni.

Lula chega a região em meio a uma nova crise entre palestinos e israelenses.O governo israelense aprovou na semana passada a ampliação de uma colônia de judeus ortodoxos em Jerusalém Oriental, território anexado em 1967 e que os palestinos reclamam como futura capital de seu estado.

O sinal verde para a construção de 1.600 casas foi dado durante a visita do vice-presidente americano Joe Biden, o que provocou uma grave crise diplomática entre Israel e os Estados Unidos.

Mediação

O Brasil tenta se impor como um dos mediadores do conflito no Oriente Médio, defendendo um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

Em entrevista à imprensa, o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia comentou alguns dos

Não há nenhuma solução mágica, tampouco a ideia de que estamos aqui e achando que vamos resolver. Nós queremos contribuir. Sabemos que tem muita gente fazendo um esforço nessa direção e queremos fazer isso também.

02:08

Marco Aurélio Garcia

assuntos a serem abordados durante a visita, entre eles o da ambição do governo brasileiro de exercer um papel mais influente na mediação dos conflitos da região, sobretudo da delicada questão israelo-palestina.

"Não há nenhuma solução mágica, tampouco a ideia de que estamos aqui e achando que vamos resolver. Nós queremos contribuir. Sabemos que tem muita gente fazendo um esforço nessa direção e queremos fazer isso também", declarou.

O programa nuclear do Irã, considerado um dos graves problemas para desestabilização de toda a região, deve ser um tema na agenda do presidente Lula com os líderes israelenses.

A postura do governo brasileiro, de aproximação com o presidente Mahmoud Ahmadinejad e de apoio à iniciativa do regime de Teerã de ter acesso à tecnologia nuclear para fins civis, não é bem vista pelos israelenses. Eles devem tentar convencer o presidente Lula de que só a adoção de sanções duras fará o Irã desistir de suas ambições nucleares.

De Jerusalém o presidente Lula visita os territórios palestinos antes de terminar seu giro pela Jordânia.

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