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Venezuela

Venezuela está pronta para resistir em caso de ataque militar dos EUA, diz chanceler

O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, declarou nessa segunda-feira (6) que seu país estaria preparado para resistir no caso de um ataque militar dos Estados Unidos. A afirmação, feita durante sua passagem por Moscou, é uma resposta às declarações em tom de ameaça feitas recentemente pelo chefe da diplomacia norte-americana.

O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, disse estar disposto a negociar, mas não exclui uma reação de Caracas em caso de intervenção militar dos Estados Unidos.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, disse estar disposto a negociar, mas não exclui uma reação de Caracas em caso de intervenção militar dos Estados Unidos. REUTERS/Manaure Quintero
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"Estamos preparados para qualquer cenário, o primeiro é o da diplomacia, do diálogo, da paz e nossas mãos estão estendidas para que possamos conversar com todos", disse Arreaza. "Dialoguemos!", insistiu o chanceler, um dia após ter se reunido com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Mas se os Estados Unidos "optarem pela via militar, temos uma Força Armada, um povo, uma milícia nacional, que seria capaz não só de resistir e lutar, mas também de vencer e derrotar qualquer exército, por mais poderoso que seja", acrescentou o ministro venezuelano. Se essa hipótese ocorrer, "estaremos prontos", completou.

Arreaza disse ainda que a Venezuela vive "uma disputa histórica sobre o controle de sua riqueza, o produto das receitas do petróleo" do país. E que, nesse contexto, "os Estados Unidos pretendem dominar, ter controle absoluto". Ainda segundo o chanceler, Washington teria decidido destruir a economia do país e que a estratégia de Washington representa “um bloqueio criminoso unilateral".

Autoridades norte-americanas lançaram uma campanha na semana passada para aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que o presidente Donald Trump estaria disposto, se necessário, a intervir militarmente na Venezuela.

Rússia tenta se posicionar como mediadora

A Rússia tenta se posicionar como intermediária na crise. No domingo (5), Serguei Lavrov pediu aos Estados Unidos e a seus aliados que "abandonem seus planos irresponsáveis e atuem exclusivamente no âmbito do direito internacional".

Arreaza também disse na segunda-feira que Caracas estaria desenvolvendo "alternativas para os sistemas de câmbio financeiro" com seus aliados russos e chineses. O objetivo seria contornar o bloqueio dos EUA. Nesse sentido, o chanceler informou que uma delegação venezuelana estará presente no fórum econômico de São Petersburgo, em junho, e cogitou uma possível participação de Maduro.

(Com informações da AFP)

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