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Eleições/Venezuela

Venezuela adia eleições presidenciais para maio, num acordo entre Maduro e oposição

A eleição presidencial na Venezuela, prevista para 22 de abril, foi adiada para a segunda metade de maio de 2018, anunciaram nesta quinta-feira (1°) as autoridades eleitorais.

Diante do presidente Maduro, que busca permanecer no poder até 2025, há Henri Falcon na disputa presidencial, um chavista dissidente.
Diante do presidente Maduro, que busca permanecer no poder até 2025, há Henri Falcon na disputa presidencial, um chavista dissidente. Miraflores Palace/Reuters
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"Nós propomos que as eleições presidenciais sejam simultâneas às legislativas regionais, de acordo com um consenso entre o governo de Nicolas Maduro e o candidato opositor Henri Falcon, validados pelo conselho eleitoral”, afirmaram as autoridades eleitorais venezuelanas nesta quinta-feira.

As eleições presidenciais, tradicionalmente realizadas em dezembro, foram antecipadas para abril pelo Tribunal Eleitoral. A decisão foi criticada por uma parte da comunidade internacional e a principal coalizão da oposição escolheu boicotar a eleição.

Diante do presidente Maduro, que busca permanecer no poder até 2025, há Henri Falcon na disputa presidencial, um chavista dissidente, além de quatro candidatos quase desconhecidos do público em geral.

A coalizão de oposição da Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a apresentar um candidato, argumentando que o campo presidencial não lhe forneceu todas as garantias necessárias para a organização da eleição.

O MUD pediu a presença de observadores internacionais "independentes", a realização da votação no "segundo semestre de 2018", a nomeação de um Conselho Eleitoral Nacional "equilibrado", com o voto dos venezuelanos do exterior e direito de acesso igual a todas as mídias.

Missão de observação internacional

O acordo entre o governo e Falcon inclui um pedido às Nações Unidas de uma missão de observação eleitoral internacional, a realização de auditorias da votação, a prorrogação do prazo de inscrição nas listas eleitorais para imigrantes venezuelanos e "equidade no acesso à mídia pública e privada, bem como às redes sociais no contexto da campanha eleitoral".

"Este acordo confirma que, na Venezuela, elegemos nossos líderes e representantes com as garantias constitucionais e democráticas mais amplas", disse Tibisay Lucena, presidente do Conselho Eleitoral, uma instituição acusada pela oposição de apoiar o presidente Maduro. Ela confirmou que esta quinta-feira é o prazo para o registro final de candidatos, que deve se limitar aos seis já anunciados.

O MUD, enfraquecido por suas divisões internas e pela perda de credibilidade popular, convocou nesta quinta-feira Henri Falcon a retirar sua candidatura, acusando-o de jogar "o jogo de Maduro” em seus "desejos totalitários".

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