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Venezuela/Crise

Oposição venezuelana vai às ruas para exigir renúncia de Maduro

A oposição venezuelana convocou neste sábado (12) partidários para uma grande manifestação pela renúncia de Nicolás Maduro. A passeata é início de uma estratégia de pressão nas ruas para impulsionar a tomada de procedimentos legais que possibilitem a saída antecipada do presidente venezuelano do poder.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Sob o lema "Vamos com Tudo", a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento, convocou os partidários a desfilar em 15 dos 23 estados da Venezuela, além de Caracas. Na capital, duas manifestações pró e contra o governo vão acontecer simultaneamente, mas em pontos distantes.

O presidente Nicolás Maduro vai liderar uma mobilização para rejeitar a decisão dos Estados Unidos de terem renovado um decreto que considera a Venezuela uma ameaça "incomum e extraordinária" à segurança norte-americana.

"Chamo o povo da Venezuela a sair neste sábado em uma grande passeata anti-imperialista para dizer não ao decreto de Obama (...) e para dizer ao mundo que a Venezuela, pátria de Bolívar, não se rende", exortou o presidente.

Estratégia da oposição para a saída de Maduro

Na última quarta-feira (9), a MUD revelou sua estratégia para conseguir a saída de Maduro do poder por vias paralelas: um referendo revogatório e uma emenda para encurtar o mandato do presidente (2013-2019), além de manifestações para pressionar por sua renúncia.

O chefe de Estado, que enfrenta uma grave crise econômica que pulveriza sua popularidade, critica a iniciativa martelando que representa o povo venezuelano.

A Venezuela, dona da maior reserva de petróleo do planeta, apresenta a inflação mais alta do mundo, de 180,9% em 2015. O país sofre com uma escassez de alimentos e remédios que preocupa a população, em parte devido à queda dos preços do petróleo. A oposição responsabiliza o governo Maduro pela situação.

Juristas como José Ignacio Hernández assinalam que todas as opções para a saída do presidente terão que passar pelo filtro do Superior Tribunal de Justiça (TSJ), que a oposição acusa de ser o "escritório jurídico" do chavismo. Na semana passada, o TSJ reduziu os poderes do Parlamento, cujo controle foi perdido pelo partido do presidente após 17 anos de hegemonia, gerando uma crise institucional de choque de poderes.

A corte "não apenas viola grosseiramente a Constituição, mas também o faz de forma covarde", criticou neste sábado no Twitter o líder do Parlamento, Henry Ramos Allup, antes da passeata.

(Com informações da AFP)
 

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