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OMS: Zika pode atingir até 4 milhões de pessoas nas Américas

A Organização Mundial da Saúde afirmou nesta quinta-feira (28) que a epidemia provocada pelo vírus zika se propaga de "maneira explosiva" no continente americano e pode atingir de 3 a 4 milhões de pessoas na região. A diretora-geral da OMS convocou uma reunião de emergência no dia 1° de fevereiro para discutir o zika, que aparenta ser benigno, mas é suspeito de causar diversos casos de microcefalia.

Em Genebra, Suíça, nesta quinta-feira (28), a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a organização vai criar um comitê de emergência para ensinar países a lidar com o zika.
Em Genebra, Suíça, nesta quinta-feira (28), a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a organização vai criar um comitê de emergência para ensinar países a lidar com o zika. REUTERS/Denis Balibouse
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Durante uma reunião de informação aos Estados-membros da OMS, em Genebra, a diretora-geral Margareth Chan explicou que o vírus foi detectado no ano passado na região das Américas onde se expande com uma velocidade que impressiona e preocupa os especialistas e os moradores. Atualmente, segundo Chan, casos já foram identificados em 23 países e territórios no continente. "O nível de alerta é extremamente elevado", afirmou.

Diante da gravidade da situação, a diretora-geral decidiu convocar o comitê de emergência para o início de fevereiro. Os especialistas deverão definir se a epidemia constitui uma "emergência de saúde pública mundial", segundo o comunicado emitido pela entidade.

"Podemos esperar de 3 a 4 milhões de casos", declarou o alto responsável pela OMS nas Américas, Marcos Espinal. Um porta-voz da entidade explicou à agência AFP que a OMS ainda não tem dados estatísticos sobre a epidemia porque a maioria dos casos são benignos.

Número de mosquitos deve aumentar

A OMS expressou temor de uma "associação provável da infecção com casos de malformação congênita e de síndromes neurológicas. A organização se mostra preocupada ainda com a falta de imunidade da população vivendo nas regiões afetadas recentemente pela doença e também com a ausência de vacinas, de tratamentos específicos e de testes de diagnóstico rápido.

De acordo com Margareth Chan, o fenômeno "El Niño" deverá provocar um aumento do número dos mosquitos transmissores da doença. Assim como a dengue e a chikungunya, o zika é transmitido pelo Aedes aegypti ou o Aedes albopictus. Na América Latina, o país mais atingido pela doença é o Brasil.

 

 

 

 

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