EUA são alvo de um cyber ataque sem precedentes, segundo jornal

Segundo relatório publicado pelo National Intelligence Estimate (NIE), órgão de inteligência americano, o país é alvo de um grande ataque cibernético, que pode ameaçar a competitividade econômica dos Estados Unidos. A publicação foi divulgada neste domingo pelo jornal Washington Post.

"Cuidado Hackers pensando" REUTERS/Nacho Doce

Segundo o documento, classificado como secreto e produzido por diversas instâncias dos serviços de inteligência americanos, a China seria o país de origem da maioria dos cyber-crimes. O relatório indica que os cyber-ataques são cada vez mais agressivos e têm como objetivo penetrar nos sistemas de informática das instituições e das empresas americanas. A intenção dos criminosos da internet é ter acesso aos dados confidenciais das empresas, que os permitiriam tomar decisões antecipadas em questões econômicas envolvendo as empresas-alvo. As instituições mais visadas, segundo o NIE seriam as empresas ligadas aos setores de energia, de finanças, aerosespacial e automobilística.

Os prejuízos causados pelos ataques cibernéticos às empresas americanas são estimados em dezenas de bilhões de dólares, segundo especialistas entrevistados pelo Washington Post. O NIE cita outros três países que abrigariam o maior número de cyber-criminosos: Rússia, Israel e França. Mas, o número de delitos reunidos nesses três países são insignificantes quanto à quantidade de ocorrências registradas tendo a China como país de origem.

Nas últimas semanas, diversos jornais americanos declararam serem alvos de cyber ataques. Para combater o aumento dos crimes pela internet, o governo americano pretende prestar queixas oficiais nos tribunais internacionais, reduzir o número de pessoal diplomático estrangeiro em solo americano restringindo o número de vistos e formular queixas entregues à Organização Internacional do Trabalho.