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EUA/ desemprego

Desemprego nos EUA aumenta e demonstra fragilidade da economia

A taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu em maio pela primeira vez em um ano, situando-se em 8,2%, com o ritmo de criação de empregos mais baixo em doze meses, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira. Além disso, os dados de março e abril foram revisados para baixo. Esse cenário sugere que a recuperação econômica norte-americana permanece fragilizada.

Desempregados fazem fila em agência de empregos dos Estados Unidos.
Desempregados fazem fila em agência de empregos dos Estados Unidos. REUTERS/Lucas Jackson
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Foram criados 69 mil postos de trabalho no mês passado, informou nesta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA, o menor volume desde maio do ano passado. A taxa de desemprego subiu para 8,2%, contra 8,1% em abril. A expectativa era de aumento de 150 mil vagas e uma taxa de desemprego estável, em 8,1%.

Além disso, foram abertos 49 mil postos de trabalho a menos do que o previamente estimado em março e abril. O resultado poderá abalar ainda mais a confiança dos mercados, na esteira de pesquisas industriais regionais fracas e da piora da crise da dívida na Europa. Dados divulgados nesta sexta-feira mostraram ainda que o vasto setor industrial da China perdeu força em maio.

Economistas culparam a prolongada crise financeira na Europa e a desaceleração do crescimento chinês pelas dificuldades encontradas na atividade industrial norte-americana em maio. O nível de ocupação ainda está 5 milhões de empregos a menos do que em dezembro de 2007, quando a economia caiu em recessão.

Analistas dizem que a economia precisa criar cerca de 125 mil postos de trabalho por mês para manter a taxa de desemprego estável. A taxa de participação da força de trabalho - a parcela de norte-americanos em idade economicamente ativa que tem emprego ou estão procurando por um - passou para 63,8%.

Os ganhos foram mais fracos em todos os sentidos no mês passado, com o setor privado criando apenas 82 mil postos de trabalho. As vagas no setor público caíram em 13 mil, puxadas pelo contínuo aperto feito por governos locais. O setor manufatureiro, o carro-chefe da recuperação econômica, criou 12 mil empregos.

Em consequência dos resultados negativos, a bolsa de valores de Wall Street abriu em forte baixa nesta sexta-feira: o Dow Jones cedia 0,91% e o Nasdaq, 1,83%. Na quinta-feira, a bolsa Nova York já havia fechado no vermelho, na expectativa da divulgação dos dados.
 

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