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EUA/ Dívida

Senado dos EUA vota plano para elevar teto da dívida nesta terça

O Senado americano deve votar nesta terça-feira o acordo fechado entre republicanos e democratas para controlar o déficit público e aumentar o teto da dívida do país. A aprovação é necessária ainda hoje, dia em que termina o prazo fixado pelo Tesouro dos Estados Unidos para evitar um calote nas dívidas do governo. No primeiro teste, ontem à noite, o acordo foi aprovado pela Câmara dos Representantes.

John Boehner, presidente republicano da Câmara dos Representantes, deixa a Casa após a votação.
John Boehner, presidente republicano da Câmara dos Representantes, deixa a Casa após a votação. Reuters/Jonathan Ernst
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Aplausos de alívio tomaram conta do Capitólio nesta segunda-feira, depois de meses de muita tensão política. A Câmara dos Representantes concordou com com a proposta para aumentar o teto da dívida americana até o fim de 2012 e reduzir o déficit fiscal do país em mais de US$ 2,4 trilhões durante os próximos dez anos.

O Senado vai votar a medida nesta terça-feira. O líder da maioria, o senador democrata Henry Reid, declarou que “nenhum lado conseguiu o que queria com o este plano”. Mesmo assim a expectativa é de que o senado aprove e encaminhe a nova lei para as mãos do presidente Barack Obama.

Se passar, a proposta vai aumentar o teto da dívida em pelo menos US$ 2,1 trilhões. Isto garante que o limite do endividamento não vai precisar de um novo aumento até o início de 2013 e evita uma nova disputa na reta final da campanha para as eleições presidenciais.

O plano também prevê uma redução imediata de quase US$1 trilhão do deficit fiscal, incluindo um corte de cerca de US$ 420 bilhões no orçamento de defesa. Um novo comitê bipartidário no Congresso deverá recomendar um plano para cortar o valor adicional de US$ 1,5 trilhão. Se até o fim do ano nenhum plano for apresentado, automaticamente haverá mais cortes no orçamento do Pentagono e em outros programas federais.

Os democratas mais liberais reclamaram que a proposta prejudica os mais pobres e a classe média americana, com cortes em programas federais, e não impõe sacrifícios aos mais ricos, já que não aumenta seus impostos. Por outro lado, os conservadores do Tea Party insistiram que os cortes não são suficientes e criticaram o corte no orçamento do Departamento de Defesa.

No final, 174 republicanos e apenas 95 democratas votaram a favor, enquanto 66 republicanos e 95 democratas votaram contra. No total, a Câmara aprovou a medida com 269 votos; 161 parlamentares votaram contra.

Mas o ponto alto da votação, acabou ofuscando estes números. A deputada democrata Gabrielle Giffords, que levou um tiro na cabeça em Tucson no começo do ano, apareceu pela primeira vez no Capitólio para apoiar a medida.

A lei precisa ser assinada pelo presidente nesta terça-feira, porque se o teto da dívida, atualmente em US$14,3 trilhões, não for aumentado neste prazo, a credibilidade na economia americana pode ser abalada mundo afora, prejudicando tanto a população americana quanto os mercados financeiros globais.
 

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